A gestão do Instituto Federal de Roraima (IFRR) tem proporcionado espaços de diálogos com os estudantes para ouvir seus anseios, reclamações e sugestões, com vistas à melhoria de aspectos relacionados à gestão do ensino, garantindo-lhes apoio e êxito no processo de ensino-aprendizagem; à adequação da infraestrutura física, oferecendo-lhes melhores condições de bem-estar; além da melhoria da qualidade das aulas e das demais atividades pedagógicas.
Esses e outros assuntos estiveram em pauta no último encontro promovido pela Reitoria Itinerante, ocorrida no último dia 5, quando as equipes gestoras da Reitoria e do CBV realizaram a escuta dos estudantes, os quais apresentaram, entre outras demandas, a necessidade de substituição das centrais de ar, de conserto e adequação de laboratórios e banheiros, além da ampliação de outros espaços.
Segundo o estudante do curso Técnico em Edificações João Vitor da Silva de Aguiar, esses espaços de debates, em que os alunos podem ser ouvidos, são fundamentais para a construção de uma instituição que atenda aos interesses de todos. “Como estudante do CBV/IFRR, vejo como vital esse diálogo proposto pela Reitoria, pois, assim, conseguimos expor os problemas e as demandas da comunidade acadêmica. Almejamos uma melhor infraestrutura, qualificação da equipe docente, modernização das salas de aulas e, principalmente, atualização das grades curriculares e dos planos dos cursos técnicos, para atender às atuais demandas do mundo do trabalho. Compreendemos que a equipe gestora não tem respostas imediatas e soluções para todas as nossas perguntas e necessidades, e que muitas são as melhorias de que o campus necessita, mas vemos que, de maneira integrada, os gestores estão buscando alternativas para solucionar os problemas que enfrentamos. No mais, diálogos como esse devem ser estimulados e feitos com mais frequência, fazendo com que a comunidade acadêmica seja mais ativa e o campus esteja sempre em constante aprimoramento”, disse.
Conforme o diretor de Ensino do CBV, professor Ananias Noronha Filho, o momento com os alunos foi bastante proveitoso, pois eles expuseram todas as suas angústias e anseios. “Sabemos que as condições físicas do campus são fruto de um longo período sem investimentos, muitas vezes também da demora no atendimento aos pedidos realizados. Prova disso é a questão do atraso das obras de acessibilidade, que fez com que, na avaliação dos cursos, recebêssemos nota baixa. Somente depois de cinco anos, conseguiu-se que fossem realizadas", declarou.
Outra situação apontada pelo diretor, que é objeto de muitas reclamações por parte dos alunos, é o mau funcionamento dos serviços de refrigeração das salas de aula. “A troca das centrais de ar das salas de aula, cuja licitação foi feita no ano passado, até o momento a empresa ganhadora não realizou, deixando de entregar os novos equipamentos. É uma situação preocupante nesta atual onda de calor, pois as centrais não estão mais dando conta, considerando que algumas têm mais de dez anos em funcionamento”, explicou.
No momento de escuta dos servidores, a reitora do IFRR, professora Nilra Jane Bezerra, que participou do evento acompanhada dos pró-reitores e dos gestores das áreas sistêmicas, apresentou a distribuição orçamentária e a relação professor-aluno (RAP), que tem impacto na contratação de docentes e na definição do orçamento institucional. Ela explicou que o orçamento reduzido inviabiliza diversas ações, ficando o investimento em obras e a aquisição de bens permanentes na dependência de emendas parlamentares, que, por vezes, já vêm destinadas para determinada obra ou aquisição de equipamento. Além disso, muitas vezes já vêm direcionadas para uma unidade específica.
A reitora também falou das políticas e das ações institucionais que sua gestão tem buscado implementar com o objetivo de ampliar cada vez mais as ações no campo do ensino, da pesquisa, da extensão e da inovação tecnológica.
Entre os principais assuntos demandados pelos servidores do CBV, destacaram-se as atribuições dos gestores titulares e substitutos; o tempo destinado para respostas aos processos eletrônicos de interesse dos servidores; a razoabilidade na distribuição da carga horária docente, para que o professor tenha condições de desenvolver pesquisas e ações de extensão; as dúvidas sobre a possibilidade de registro do ponto eletrônico pelos docentes; e a necessidade de atenção à evasão no ensino superior.
No geral, o diretor de Ensino avaliou como positiva a Reitoria Itinerante. “Por meio desses eventos e de momentos de diálogo com servidores e alunos, os acertos e os pontos que demandam melhorias da gestão do IFRR tornam-se mais transparentes e demonstram o compromisso da gestão na busca de alternativas. É importante ressaltar que, sem trabalho coordenado entre a Reitoria, responsável pela proposição e acompanhamento das políticas, e os campi, responsáveis pela execução dessas políticas, torna-se mais difícil alcançar a excelência no ensino, na pesquisa e na extensão, que tanto almejamos para o IFRR", finalizou.