As atividades do projeto Ajuda Mútua: Cuidando de Quem Cuida, coordenado pelas servidoras Cristiane Oliveira e Alizane Ramalho, foram retomadas no último sábado,15, no Campus Boa Vista do Instituto Federal de Roraima (CBV/IFRR). O calendário de encontros quinzenais foi divulgado pela coordenação do projeto, desenvolvido por meio de parceria com a União de Pais e Pessoas Autistas de Roraima (UPPA/RR).
Contando com diversas atividades esportivas e recreativas, realizadas em parceria com um outro projeto, o TEAgita, que tem o apoio do Banco Sicredi e de voluntários, o Ajuda Mútua promove um espaço de diversão e desenvolvimento para crianças com autismo.
O projeto – Vem sendo executado desde 2022, no CBV, com encontros voltados à ajuda compartilhada. Esses encontros reúnem autistas, familiares e estudantes do curso de Psicologia da Faculdade Catedral, promovendo uma série de atividades voltadas ao bem-estar das crianças participantes, bem como de suas famílias.
“O Ajuda Mútua representa o cuidado com aqueles que estão sempre cuidando, sejam as mães, sejam os pais, sejam os avós. Aqueles que se dedicam a cuidar nem sempre são enxergados, incluídos, apoiados. É justamente nesse aspecto que está a potência do projeto: nós os enxergamos e cuidamos deles. Nós os escutamos e os acolhemos. Promovemos a inclusão e a transformação social”, explicou Alizane.
Segundo Cristiane Oliveira, essa retomada representa uma oportunidade valiosa para fortalecer o apoio a quem cuida, criando momentos significativos de troca e reflexão entre todos os envolvidos. “O projeto segue firme em sua missão de apoiar famílias e crianças com autismo, oferecendo um ambiente de acolhimento, integração e conscientização sobre a importância do cuidado tanto para quem cuida quanto para quem é cuidado”, disse.
Para Dayanne Amaral, atípica e mãe atípica do Dom Emanuel, de 10 anos, os benefícios do Ajuda mútua são diversos. “O projeto me auxilia muito na busca de autoconhecimento, pois me faz entender minhas emoções e limites, permitindo-me ter momentos de choro e desabafo. O contato com outras mães, pais e profissionais me fazem ter encorajamento, pois compartilhamos experiências e emoções. Isso me faz sair do isolamento e vivenciar experiências que são fundamentais para nosso convívio com filhos atípicos. Aceitar que não há perfeição é um passo importante para o autocuidado e a saúde mental. Sou muito feliz e grata em poder partilhar momentos com outras mães, pais e profissionais no projeto Ajuda Mútua”, relatou.
Com vistas às ampliações das ações realizadas pelo projeto, a meta da coordenação do Ajuda mútua é transformá-lo em um programa. “Além dos encontros com os pais, temos as atividades recreativas e esportivas com as crianças e os adolescentes que participam, ofertamos capacitações, eventos e confeccionamos materiais informativos. Portanto, a proposta é que, em forma de programa, possamos ampliar cada vez mais as parcerias e as ações a serem desenvolvidas em prol dos participantes e da comunidade em geral”, esclareceu Cristiane.
Para obter outras informações sobre o projeto, acesse https://www.upparoraima.com/portfolio-collections/portfolio/grupo-de-ajuda-mu%CC%81tua-%E2%80%94-2024.