No último sábado, 16, teve início o projeto "Retomando os estudos”, desenvolvido pelo Departamento de Educação a Distância do Campus Boa Vista (Dead/CBV) e pela Diretoria de Extensão (Direx), no âmbito dos cursos de licenciatura e de pós-graduação ofertados pela unidade, como parte da política de acesso, permanência e êxito do Instituto Federal de Roraima (IFRR). Além de receber alunos no polo, a equipe do Dead visitou as Comunidades Novo Paraíso e Raposão.
Atualmente, o CBV atende mais de 800 alunos distribuídos em dez polos localizados na Capital e nos municípios do interior do estado.
Nesta primeira série de visitas, a equipe do Dead, liderada pela coordenadora do projeto, professora Maristela Pereira, e composta pela equipe de tutoria e pela Coordenação do Curso de Licenciatura em Pedagogia, esteve no Município de Normandia, onde há 35 alunos matriculados neste curso.
Projeto - Conforme Maristela, o projeto “Retomando os estudos” visa fazer a busca ativa dos acadêmicos regularmente matriculados nos cursos a distância ofertados pelo CBV/IFRR por meio do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB/Capes), em parceria com o Instituto de Educação de Roraima (Ierr). “A proposta é reduzir os riscos de evasão por meio de ações de cunho pedagógico, tecnológico e administrativo que atendam suas peculiaridades na modalidade EAD”, disse.
Inicialmente, o público-alvo são os acadêmicos dos cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas, Licenciatura em Pedagogia e Licenciatura em Letras-Espanhol que têm dificuldade de participar das aulas e das atividades propostas pelos cursos.
Entre os resultados esperados pela equipe do Dead estão a diminuição dos riscos de evasão dos acadêmicos dos cursos de graduação em EAD, principalmente daqueles que moram em locais de difícil acesso, distantes das sedes dos municípios, bem como a elevação dos índices de permanência e êxito dos acadêmicos nos respectivos cursos.
Para o diretor do Dead, professor Tomás Armando Hernandez, além de outras finalidades, o projeto visa mapear as dificuldades dos alunos com potencial risco de evasão para buscar alternativas que garantam a permanência e o êxito deles. “É uma ação importante que possibilita atender os estudantes que necessitam do apoio da coordenação do curso, da gestão institucional, por meio da facilitação de acesso à plataforma virtual, flexibilização dos horários de atendimentos presenciais nos polos do Ierr, atendimento individualizado por parte dos tutores e outras estratégias. Ou seja, a partir das demandas identificadas no projeto, buscaremos alternativas para que esses alunos permaneçam no curso de maneira satisfatória”, explicou.
O tutor do polo de Normandia, Antonio Gomes, comenta que a realização da busca ativa pelos gestores da instituição representa um diferencial para o fortalecimento da EAD no IFRR e no Estado de Roraima. “Este projeto de busca ativa é de suma importância para os alunos que estavam retidos ou desmotivados em relação à sua formação, pois viabilizará a continuação dos alunos que deixaram de cursar algum componente e o engajamento deles, propiciando a realização do sonho do ensino superior. Esse tipo de ação fortalece a Educação a Distância em nosso estado. Parabéns pela iniciativa do CBV/IFRR em desenvolver esse projeto”, frisou.
A acadêmica Carla Marcela Servino Soares, moradora da Comunidade Indígena da Jiboia, deixou de cursar alguns componentes e acreditava que não poderia mais permanecer no curso. Ela compareceu ao polo para conversar com a equipe do Dead e firmou o compromisso de retornar. “Eu tinha dificuldade para vir ao polo participar dos encontros presenciais, mas hoje tenho como participar. Agora também tenho internet lá comunidade. Assim, poderei acessar o ambiente para fazer as atividades”, contou.
Carla também é professora da educação infantil em sua comunidade e reconhece a importância de dar seguimento aos estudos. “Como já sou professora, preciso concluir o curso para ter meu diploma”, finalizou.
Outra acadêmica que participou do encontro com a equipe do Dead foi Jaffna Joanne de Oliveira Muniz Barbosa, que havia desistido do curso, mas decidiu retomar os estudos. “Havia desistido porque estava com dificuldades de conciliar os estudos com um curso técnico que fazia. Mas agora, diante dessa oportunidade do projeto “Retomando os estudos”, decidi retornar, pois é uma área com que me identifico, de que gosto muito. Além disso, o curso de Pedagogia abre muitas portas e me permitirá fazer um concurso nessa área”, relatou.
Outros três acadêmicos firmaram o compromisso de retornar ao curso: Emídio de Souza, da Comunidade Novo Paraíso; Cleucinaldo Silva e Souza, da Comunidade Raposão; e Jéssica Frederico, moradora da sede do município.