No período de 21 a 26 de abril de 2025, das 18h30 às 21h40 (horário local/Roraima), serão realizadas as defesas dos trabalhos de conclusão de curso (TCCs) de 170 alunos do curso de pós-graduação Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, turma 2024-2025. No sábado, 26, as apresentações ocorrerão pela manhã, das 8h às 10h40 (horário local).
As sessões de defesa serão feitas via Google Meet e transmitidas pelo canal do Departamento de Educação a Distância (Dead) do IFRR no YouTube, no endereço boavista.ifrr.edu.br/dead.
As defesas serão realizadas com apresentação oral de dez minutos, seguida de arguição pela banca examinadora, em duas salas concomitantes, com dez trabalhos cada uma.
Segundo o coordenador do curso, professor Alexandre Freitas Marchiori, o objetivo da pós-graduação é promover formação adicional aos licenciados/professores, bem como a outros profissionais, e capacitá-los para atuar nos diversos setores da sociedade observando a perspectiva e a prática da inclusão, contribuindo, assim, para a transformação social e para o desenvolvimento regional.
Ele explica como a educação especial pode se tornar inclusiva. “A inclusão é um desafio diário para os professores, alunos e familiares. Então, o curso permite conhecer características de muitas deficiências e também disponibiliza informações relevantes para o exercício da docência com esse público. A educação especial é uma modalidade de ensino transversal a todos os níveis educacionais e, ao realizar o atendimento educacional especializado (AEE), propicia o desenvolvimento das pessoas com deficiência e aperfeiçoa as potencialidades de cada sujeito no cotidiano escolar. A perspectiva da educação inclusiva reforça que o lugar da pessoa com deficiência também é na escola regular, ou seja, ratifica o direito à aprendizagem e ao pleno desenvolvimento dos cidadãos. Portanto, o curso oferece esse olhar técnico, crítico e qualificado para as ações cotidianas educacionais que envolvem a atenção à pessoa com deficiência”, disse.
Curso – Esta é a primeira turma do curso, com alunos de diversos estados do Brasil, sendo 40 da Região Norte, 38 da Região Sudeste, 10 da Região Sul, 12 da Região Centro-Oeste e 95 da Região Nordeste.
Machiori esclarece que algumas estratégias adotadas pela equipe pedagógica do curso foram decisivas para o baixo índice de evasão, que ficou em 15%. Entre as principais, destacam-se um dia fixo da semana para os encontros síncronos, flexibilidade na execução dos componentes curriculares, comunicação direta entre os envolvidos – alunos, professores, tutores, coordenador –, planejamento e equipe de tutoria atuante e sempre presente. Ele explica ainda que, além disso, é importante ter empatia, paciência e perseverança, que são estratégias decisivas para o engajamento dos estudantes na educação a distância (EAD).
“Acredito que precisamos deixar a rotina de estudos e a vida mais leves. Acho que é isso! Somos todos professores: cursistas, coordenador, tutores, formadores, boa parte da equipe da EAD. Então, precisamos nos apoiar no que for possível. Também é necessária uma boa dose de paciência e de perseverança, pois ninguém é de ferro. Então, quando as coisas apertarem, respire, acalme-se, tome um café, descanse... Não precisa ser pesado para ninguém. Como ensinou Paulo Freire, ‘a educação é um ato de amor’ e de responsabilidade para com o outro. Acredito que isso seja inclusão!”, declarou Machiori.
A tutora Rízia Gomes Furtado atribui o significativo número de concluintes do curso a uma soma de fatores. “Acredito que esse resultado expressivo se deve a uma combinação de fatores estratégicos e humanos. Em primeiro lugar, a estrutura pedagógica bem planejada com certeza contribuiu para manter os alunos engajados. Outro ponto importante foi o acompanhamento constante realizado pela equipe pedagógica e, principalmente, pelos tutores, que ofereceram suporte contínuo, esclareceram dúvidas, estimularam a participação e ajudaram os alunos a manter o foco. A flexibilidade da EAD, aliada a uma abordagem acolhedora e personalizada, certamente foi um diferencial que possibilitou a permanência e a conclusão da maioria dos estudantes”, afirmou.
Considerada um dos elementos mais importantes na EAD, a tutoria efetiva representa um diferencial para o êxito dos cursos na modalidade. “O tutor é uma peça-chave na educação a distância. Ele atua como elo entre o aluno e o conteúdo, promovendo a mediação pedagógica, motivando o estudante e monitorando seu progresso. O tutor vai além de um mero orientador técnico. Ele acolhe, escuta, orienta e, muitas vezes, é quem percebe sinais de dificuldades antes que elas levem à evasão. Na EAD, em que a ausência do contato presencial pode gerar sensação de isolamento, o papel do tutor é ainda mais relevante. Sua atuação humanizada e proativa contribui diretamente para o sentimento de pertencimento dos alunos, o que impacta positivamente o desempenho acadêmico e a taxa de permanência no curso. Portanto, posso afirmar que o sucesso do curso está intrinsecamente ligado à atuação comprometida e atenta dos tutores”, explicou Rízia.
A aluna Iracilma da Silva Sampaio, moradora do Município de Rorainópolis (RR), é professora da educação básica há 20 anos. Ela conta que a especialização lhe proporcionou acesso aos conhecimentos essenciais para atender alunos com diferentes necessidades. “Em relação ao conteúdo programático, foram abordados conteúdos fundamentais da educação inclusiva, como legislação, metodologias de ensino, adaptações curriculares, e práticas pedagógicas que atendem às necessidades de todos os estudantes. Os profissionais que ministraram o curso tinham experiência prática em educação inclusiva e nos ofereceram insights valiosos. Essa especialização me forneceu os conhecimentos necessários sobre estratégias e técnicas de ensino, que são essenciais para eu atender estudantes com diferentes necessidades, além de promover a conscientização sobre a diversidade e a importância da inclusão, ajudando a criar um ambiente escolar mais acolhedor”, disse.