Projetos de Extensão

Título Resumo Coordenador Unidade Situação Início do projeto Fim do projeto Justificativa
FUNAI TIY Letramento e Numeramento Este projeto nasceu da necessidade, em caráter urgente, de levar formação inicial e continuada ao povo Yanomami, por isso foi escrito e apresentado à FUNAI nacional, aprovado e iniciado conforma TED: 194152 - DPDS/CGPC/COPE. Inicialmente, o projeto teria como objetivo ofertar Curso de Formação Inicial e Continuada a duas comunidades - Ajarani e MIssão Catrimani, com carga horária de 150h para elaboração de oficinas de letramento e numeramento , com o intuito de ampliar o conhecimento da língua portuguesa, realizar um levantamento etnográfico abrangente sobre a cultura, língua e contexto social das comunidades Yanomami. Como produto final seria elaborado um material impresso bilíngue (em língua indígena e português). Entretanto, em conversas com a UFMG, percebemos que poderia ser mais útil trabalharmos com oficinas com temas geradores de interesse das comunidades. Nesse sentido, iniciamos as visitas com o desenvolvimento de oficinas , com discussões, produções escritas, explanações sobre temas diversificados. As oficinas serão úteis , mas também é importante realizar um levantamento da escolaridade dos moradores das comunidades para ver em quais níveis (Ensino Fundamental ! ou Ensino Fundamental 2) eles estão e qual(is) falta(m) realizar na comunidade. Ao final do projeto, editaremos um material com as produções deles durante a vigência do projeto. Jose Vilson Martins Filho CAM Em execução 1 de Setembro de 2024 30 de Setembro de 2025
Recursos Naturais e Produção Alimentícia no TI Yanomami Em janeiro de 2023, o Governo Federal publicou o decreto Nº 11.405, que dispõe sobre medidas para o enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de importância Nacional e de combate ao garimpo ilegal no território Yanomami por órgãos da administração federal. Em seu primeiro parágrafo o decreto estipula como uma das ações para o enfrentamento da emergência de saúde pública o fornecimento de alimentos relacionados com a cultura, as crenças e as tradições indígenas. Com isso, atividades formativas e de assessoria técnica são fundamentais para contribuir com o povo Yanomami para a revitalização de seus processos produtivos próprios, bem como contribuir com novas técnicas que possam ampliar a produção, armazenamento e conservação de alimentos. Dentro desse contexto, visando buscar alternativas para a produção de alimentos de origem vegetal, bem como melhorar o manejo dos roçados  o projeto irá desenvolver ações formativas associadas as práticas pedagógicas que possibilitarão a implantação de ações efetivas na área de produção vegetal, respeitando as especificidades dos hábitos alimentares do povo Yanomami. Assim, quanto a experiência do IFRR/Campus Amajari este oferta desde 2010 cursos FIC e técnicos na área de recursos naturais e produção alimentar, além de desenvolver projetos de Extensão que tem atendido os povos indígenas de Roraima com capacitação e assessoria técnica. Nesse contexto, o projeto irá possibilitar a formação e capacitação dos Yanomami na área de recursos naturais e produção alimentícia para que este possam se apropriar de novas tecnologias que, associadas com o conhecimento que estes já possuem irá possibilitar que eles tenham alternativas sustentáveis para aumentar a produção de alimentos de origem vegetal de forma sustentável dentro da  terra indígena. O projeto será executado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima e coordenado pelo Campus Amajari. As ações estão relacionadas as áreas de recursos naturais e produção alimentícia, por isso para as atividades serão desenvolvidas pelos docentes, técnicos administrativos, estudantes e egressos dos cursos de Aquicultura e Agropecuária, além disso contará com colaboradores externos, incluindo intérpretes da língua Yanomami. Os docentes que coordenarão as atividades são da área da Agronomia e da Engenharia de Alimentos com uma larga experiência em extensão rural, bem como atuarão técnicos e docentes de outras áreas que contribuirão na sistematização das ações e na realização dos cursos e oficinas. Leidiana Lima dos Santos CAM Em execução 18 de Novembro de 2024 30 de Outubro de 2025
PROJETO DESENVOLVER: Programa de Exercícios Multimodais para o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças O desenvolvimento infantil com olhar neuropsicomotor, deve-se relacionar as etapas de habilidades a serem adquiridas, em relação as faixas etárias e à formação dos principais pilares psicomotores. Com isso, os programas de intervenção de exercícios multimodais (atividades físicas variadas) podem ser uma possibilidade na melhoria e/ou recuperação do desempenho psicomotor de crianças. Este projeto tem como objetivo geral aplicar um programa de exercícios multimodais para o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças entre 3 e 10 anos. Este programa de exercícios físicos será aplicado durante 3 meses com frequência semanal de UMA vez, com duração de cada sessão de 60 minutos. O plano de intervenção contará com as seguintes modalidades de exercícios: funcional kids, esportes, dupla-tarefa, motricidade fina, motricidade global, equilíbrio, esquema corporal, organização espaço- temporal, lateralidade, agilidade, sensoriais, na natureza. Serão selecionados 72 crianças típicas e atípicas de ambos os sexos ao total. Esperamos possibilitar às crianças atendidas, através das diversas atividades físicas planejadas, uma ampliação de suas experiências motoras, enriquecendo o repertório de habilidades motoras capaz de ajudá-las a competir com as crescentes exigências do meio em que interage e possibilitando melhorias em suas variáveis físicas e motoras, já que com o isolamento social, elas podem estar com baixo desempenho motor. Eliana da Silva Coelho Mendonca CBV Em execução 27 de Agosto de 2024 27 de Agosto de 2025 Há muitas décadas já vem ficando evidente a diminuição da prática de atividades físicas por crianças e adolescentes, e com o advento da pandemia, com certeza esses índices devem ter crescido assustadoramente. De acordo com Sugden (1984) entre 5 e 10% de crianças nos quatro primeiros anos escolares, apresentam transtornos motores suficientes para causar fortes preocupações para seus pais e professores, além delas próprias. É observado que pouca importância tem se dado, a nível principalmente de implantação de estratégias de políticas públicas voltadas para esse fim. Investimentos são necessários com o objetivo de buscar uma solução pontual do problema e direcionando o foco no estímulo de prevenção, recuperação e/ou manutenção da saúde de crianças e adolescentes. Tanto no ambiente escolar, como fora dele são muitos os desafios para se enfrentar diante do aparecimento de tantos transtornos de neurodesenvolvimento apresentado pelas crianças, e agravados em função do isolamento social, onde os espaços para brincar foram reduzidos. Isto faz com que muitas crianças com dificuldades não recebam intervenção de modo precoce, ou seja, cheguem após os 6 anos de idade para intervenções específicas (SILVA et al., 2012), perdendo um período crítico de intensa neuroplasticidade, com repercussões sobre seu desenvolvimento global e no processo de aprendizagem, que acontece intensamente nos 3 primeiros anos de idade (FERNANI et al., 2013). Com isso, os programas de intervenção de exercícios multimodais (atividades físicas variadas) podem ser uma possibilidade na melhoria e/ou recuperação do desempenho psicomotor de crianças. A literatura e muitos órgãos oficiais da área da saúde estabelecem que a prática regular de atividades físicas traz muitos benefícios em todas as idades. Entender o quanto uma intervenção baseada em práticas esportivas e exercícios com objetivos específicos, podem ser uma atividade prazerosa e agregadora. A promoção de saúde com base na escola, representa uma ferramenta de grande importância para a saúde pública e o desenvolvimento de ações de intervenção para promoção de hábitos saudáveis vem sendo estimulada por diversas instituições de conceito internacional (BRASIL, 2006; CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION - CDC, 2011). Neste sentido, postula-se que os exercícios físicos com diferentes tipos de estímulos (multimodais) podem auxiliar na melhora do desenvolvimento psicomotor de crianças, considerando que essa parcela da população anda apresentando dados significativos quanto ao seu desempenho motor. Desta forma, o objetivo desse projeto é aplicar um programa de intervenção utilizando exercícios multimodais visando o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças entre 3 e 10 anos de idade.
"Vem Dançar Boi Bumbá" A Dança é uma das formas de expressão  mais antigas utilizadas pelo ser humano. Seus primeiros registros datam do período da pré-história e seguem até a atualidade, apresentando um movimento folclórico e cultural muito diversificado, acompanhando a evolução histórica do ser humano.As Danças Folclóricas são representações da cultura de um povo, com seus usos e costumes, crenças e tradições, passadas de geração em geração, representando uma herança  histórico e cultural, que serve de ligação entre o passado e o presente. Dentro desse contexto se apresenta as danças  folclóricas, com diferentes ritmos e classificações.A Dança do Boi Bumbá, que é o foco desse projeto, é característico da Região Norte, mais especificamente do Amazonas, e tem como maior propagador dessa cultura o Festival de Parintins, que acontece anualmente no mês de junho, e é considerada a maior manifestação  cultural a céu aberto do mundo.Na década de 90/2000, a cultura do boi bumbá era muito difundida na região norte, com diversos grupos folclóricos, apresentação em festivais e nas escolas, vindo posteriormente a um esquecimento. A alguns anos o festival retornou a sua grandiosidade, tanto nacional quanto internacionalmente e vem contemplando um novo público. Também com a divulgação do festival  a nível nacional, em um programa de renome na TV, o interesse do público tem aumentado visivelmente.Nesse contexto e com o objetivo de divulgar a dança do Boi Bumbá e oferecer acesso as coreografias e músicas, o Projeto Vem dançar Boi Bumbá pretende atingir 60 participantes de ambos os sexos, divididos em duas turmas, com aulas duas vezes na semana, nas segundas e quartas feiras, no horário das 18 h as 21:30 h na sala de dança do ginásio pedagógico do IFRR, no período de julho a dezembro de 2024. As aulas serão ministradas pelo aluno egresso do Curso de Licenciatura em Educação Física Izerbledison Franco de Souza, que atualmente compõe o grupo de bailado do cantor Dennis Martins e Banda, e três alunas do Curso de Licenciatura em Educação Física, participarão como monitoras. Liliana Roth CBV Em execução 29 de Julho de 2024 20 de Dezembro de 2024 A Dança e sua prática tem como finalidade  resgatar as manifestações expressivas da nossa cultura. É uma forma de arte e expressão que trabalha o corpo e a mente ao mesmo tempo e, por isso indicada para todas as idades, e dentre os mais variados objetivos tem a busca da melhoria da qualidade de vida, tema muito em pauta nos dias atuais. A Dança além de se apresentar como uma atividade física e cultural, é uma forma de socialização que aproxima as pessoas  e proporciona  interações leves e divertidas melhorando a saúde mental, a autoestima e o bem estar.
Literaturas indígenas e a força da ancestralidade no ensino das relações etno-raciais O presente projeto de extensão tem o objetivo de apresentar as literaturas indígenas a comunidade escolar e a comunidade do entorno do Campus Boa Vista Zona Oeste (COLEGIO ESTADUAL MILITARIZADO PROFESSORA ELZA BREVES DE CARVALHO). Percebendo a existência de preconceito e dificuldade de compreender a importância dos povos indígenas na nossa região entendemos que o conhecimento de indígenas autores/as de produções literárias que, em alguns casos, são conhecidos nacionalmente, poderiam melhorar a compreensão da importância das populações originárias do estado de Roraima. Observando a capacidade desses escritores/as e suas produções indicadas para escolas de todo o Brasil, como por exemplo Cristino Wapichana ou Daniel Munduruku entre outros/as, pretendemos valorizar e visibilizar a cultura e os conhecimentos ancestrais dos povos indígenas combatendo assim preconceitos que possam existir e existem em nossa comunidade escolar.  Pretendemos realizar três oficinas com autores e autoras indígenas locais que apresentarão suas obras. Essas oficinas serão abertas ao entorno do Campus Boa Vista Zona Oeste em especial ao Colégio Militarizado Estadual Professora Elza Breves de Carvalho e contará com ampla divulgação na região. Em geral são obras de poesia, ensaios, biografias ou livros infantis. No final do projeto realizaremos uma Feira Literária onde convidaremos a comunidade e contaremos com a presença desses autores e autoras, com apresentações do grupo de dança Diri Diri da Organização dos indígenas em contexto urbano (ODIC) e da banda Kruviana pertencente ao Programa de Extensão da UFRR Insikiran Anna Eserenka Kruviana. Assim poderemos demonstrar a potência da escrita indígena e as características de sua cultura cumprindo as determinações da lei 11.648 de 10 de março de 2008. Marcos Antonio de Oliveira CBVZO Em execução 8 de Abril de 2024 28 de Junho de 2024 Os povos indígenas têm sofrido constantes ataques racistas em todo o território nacional e, especialmente em Roraima. O estado de Roraima, segundo o “Relatório: violência contra os povos indígenas no Brasil - Dados 2020”, organizado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), aparecia como a unidade da federação com o maior número de assassinatos de indígenas em todo o território nacional, totalizando 66 (sessenta e seis) indígenas. Entre os 15 (quinze) casos de racismo contra os povos indígenas no Brasil registrados no ano de 2020, 1 (um) deles ocorreu em Roraima. Em julho de 2020, em plena pandemia de coronavírus,  um grupo de mulheres de militares realizou o que chamaram de uma “ação social” na Terra Indígena (TI) Yanomami. Além de não usarem máscaras de proteção, causaram aglomeração, inclusive de crianças, e realizaram uma série de ações de desrespeito à cultura dos Yanomami, como maquiagem no rosto de mulheres indígenas, pintura de unhas e distribuição de roupas e de doces. Essas atitudes, dentre outras, presentes em nosso estado, nos remete a reflexão de Frantz Fanon, no qual o racismo sustenta-se na ideia de que os grupos sociais poderiam ser vertical e hierarquicamente ordenados, permitindo, assim, inúmeras formas de violência contra as populações ou grupos sociais vítimas desse sentimento. Para o pensamento racista parece aceitável a precarização das condições de vida e a morte de alguns para assegurar as condições de vida de outros. Assim sendo, considerando a existência do racismo contra os indígenas em Roraima e os estudantes indígenas do IFRR também sendo vítimas deste crime. Cabe ressaltar que é considerado crime de racismo quando o agressor, publicamente, discrimina e agride todo o grupo do qual a vítima faz parte (Inciso XLII do Artigo 5º da Constituição Federal e Art. 20 da Lei 7716/89), pode ocorrer em espaços públicos, na mídia ou em redes sociais, por exemplo. Seus efeitos e modos de propagação não podem ser mensurados, uma vez que têm o potencial de incitar à discriminação, à hostilidade e à violência. Pretendemos desenvolver no campus Boa Vista Zona Oeste as oficinas dos escritores e autoras indígenas e a Feira literária indígena. Para tanto, pretendemos envolver a comunidade escolar do Campus e do Colégio Militarizado Estadual Professora Elza Breves e, também os representantes das organizações indígenas que desejarem participar. O resultado esperado desta ação extensionista é uma reflexão sobre esse problema gravíssimo que afeta nossos/as estudantes e indígenas de nossa comunidade escolar e do entorno do Campus. Estimular um ambiente de respeito e convivência entre todos e todas que pertencem a sociedade roraimense também é uma possibilidade que podemos desenvolver em nosso ambiente escolar. 
AXÉ KITANDA: feira cultural de religiões de matrizes africanas Este projeto tem como objetivo organizar feira cultural para exposição de saberes, práticas, estéticas e poéticas das populações tradicionais dos cultos e religiões de matrizes e motrizes africanas em Boa Vista, Roraima, como ação extensionista de promoção da compreensão e da apreciação das tradições dessas religiões, nas instalações do Campus Boa Vista Zona Oeste (CBVZO) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR). Sua realização justifica-se  pela contribuição que pode legar à disseminação e divulgação das crenças, das práticas e das culturas associadas a essas religiões e a promoção do respeito com as comunidades que a praticam como prática antirracista. Para tanto, serão aplicados procedimentos de sistematização de experiência em oito etapas de organização da feira junto às lideranças e membros de casas religiosas. Espera-se com sua realização a promoção da formação extensionista voltada ao respeito à diversidade e ao combate do racismo articulada a ações e instrumentos de comunicação orientados à promoção da aplicabilidade da Lei 10.639/2003 e da integração dos estudantes com a comunidade, assim como o fortalecimento da contextualização das atividades institucionais como um produto para interface com a comunidade, da educação inclusiva e equitativa e de qualidade, com garantia de aquisição de conhecimentos e habilidades necessárias à promoção dos direitos humanos, da cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável, e da proteção e salvaguarda ao patrimônio cultural de matriz africana em Roraima. Amarildo Ferreira Junior CBVZO Em execução 8 de Abril de 2024 28 de Junho de 2024 Na religião Iorubá, a palavra AXÉ (àṣẹ) significa "energia", "poder" ou "força" e se refere aos assentamentos dos Orixás (divindades iorubás relacionados intimamente com a Natureza) e à força sagrada que sustenta os terreiros de candomblé e que se revigora com os sacríficios e oferendas de seus membros, refletindo uma filosofia que evidencia a realização e o compartilhamento dessa força sagrada na feitura e nas relações entre os diferentes seres (humanos, extra-humanos, vegetais, minerais, entre outros) que compartilham o Orum (mundo espiritual) e o Aiê (mundo material). Por sua vez, o termo KITANDA significa "feira" em Kimbundu, idioma africano dos povos do Ndongo e da Matamba, atuais terras de Angola, e falado nos candomblés banto.O projeto AXÉ KITANDA: feira cultural de religiões de matrizes africanas ressalta, desde seu título, sua proposição de promoção da compreensão e da apreciação das tradições dessas religiões por meio da realização de atividades de exposição e evocação dos saberes, práticas, estéticas e poéticas das populações tradicionais dos cultos e religiões de matrizes e motrizes africanas (LIGIÉRO, 2011) de Roraima nas instalações do Campus Boa Vista Zona Oeste (CBVZO) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR).Embora o Brasil seja caracterizado por um diversidade étnico-racial e cultural e algumas conquistas obtidas na história recente do país por meio das lutas de diferentes movimentos sociais tenham reconhecido a necessidade de garantir o debate crítico sobre a educação em direitos humanos face às relações sociais de gênero, sexuais e étnico-raciais , como, por exemplo, a Lei das Cotas (Lei n.º 12.711, de 29 de agosto de 2012) e a obrigatoriedade do ensino obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Lei n.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003 e Lei n.º 11.645, de 10 março de 2008), a concretização dessa agenda tem sofrido intenso assédio por posições reacionárias e recrudescimento do racismo e de sua vertente religiosa.Trabalhos que se dedicaram a realizar o mapeamento das casas de matriz afrorreligiosa em Roraima mediante a identificação de seus locais e de suas lideranças têm indicado a presença de mais de duas dezenas dessas espaços que congregam praticantes e simpatizantes dessas religiões (OLIVEIRA, 2021; OLIVEIRA et al, 2020). Ainda assim, Roraima tem passado por um crescimento do registro de casos de intolerância e racismo religioso, com relatos de ataques a terreiros, agressões e lesões corporais, e hostilização de praticantes dessas religiões, inclusive em ambiente escolar (LEVY, 2022; G1 RR, 2022a; 2022b).Diante disso, este projeto se demonstra importante pela promoção que pretende fazer de uma compreensão mais profunda dessas culturas mediante a exposição de processos de produção e sistematização de saberes e conhecimentos históricos por sujeitos ligados às religiões de matriz africana em Boa Vista durante sua execução em formato de feira cultural.O projeto AXÉ KITANDA irá realizar práticas extensionistas de disseminação e divulgação das crenças, das práticas e das culturas associadas a essas religiões e a promoção do respeito com as comunidades que a praticam e que, por muitas vezes, sofrem discriminação em virtude de divulgações sensacionalistas em relação a essas religiões e dos diferentes obstáculos para conhecimento delas mesmo quando há interesse, uma vez que, conforme relatam os próprios líderes religiosos, há um amplo conjunto de interdições ao seu acesso a espaços públicos para expressão de sua religiosidade e de educação em relação às suas dimensões.Serão beneficiários do projeto três grupos principais: Grupos Comunitários, formado por membros de casas de religiões de matriz africana; Público Interno do IFRR, formado por professores, técnicos, estudantes e demais colaboradores; e Público da Comunidade Externa. Assim, enquanto os membros das cadas religiosas serão parceiros na execução do projeto na condição de expositores da feira cultural e na realização de apresentações, o público interno e o público externo participaração como visitantes da feira, recebendo informações acerca dos materiais expostos. Ademais, todos os grupos irão participar da avaliação da execução do projeto a partir da aplicação de formulário específico.Dessa forma, este projeto se justifica, pois, por meio da sua execução proporcionará aos seus participantes ferramentas críticas para desconstruir preconceitos e estereótipos em relação a essas religiões e ensejará discussão acerca de formas de promoção do respeito à diversidade e de efetivação de instrumentos para uma educação antirracista, contribuindo à construção de uma sociedade mais justa e igualitária.Por fim, ao abordar as religiões de matriz africana de forma transversal e interdisciplinar, a ação proposta também promove a reflexão crítica, a vivência prática e a construção do conhecimento de maneira contextualizada e significativa, com efeitos práticos alinhados aos seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS):Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos, em especial no seguinte item:- 4.7 Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável.Objetivo 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles, em especial:- 10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de todos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica ou outra.Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis, com destaque para:- 11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo.Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis, especialmente:- 16.b Promover e fazer cumprir leis e políticas não discriminatórias para o desenvolvimento sustentável.
Alternativas para a segurança alimentar e nutricional das famílias de Bonfim Em 25 de agosto de 2010, foi instituída a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) com o objetivo geral de promover a segurança alimentar e nutricional, na forma do art. 3º da Lei nº 11.346/2006 (Brasil, 2006), bem como assegurar o direito humano à alimentação adequada (DHAA) em todo território brasileiro. A PNSAN tem como umas de suas diretrizes a promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e a promoção do abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis e descentralizados, de base agroecológica, de produção, extração, processamento e distribuição de alimentos.Nesse contexto da promoção ampla de segurança alimentar e nutricional (SAN) e associado a fatores de risco crescentes, nota-se que, atualmente, o acesso ao alimento vem gradativamente se distanciando da lógica da qualidade e entrando na lógica de mercado. Consideram-se como pressupostos em SAN e em sua promoção que determinantes sociais afetam o modo como as pessoas se alimentam, os meios pelos quais acessam os alimentos e quais alimentos acessam (Giordani et al., 2017). Dessa forma, a proposição de alternativas e a busca constante de garantias de acesso a alimentos de qualidade e em quantidades suficientes para a população devem ser um dever do Estado de forma a promover ações voltadas para esse fim.Em algumas comunidades, devido a dificuldades financeiras agudas e a mudanças nos hábitos alimentares, o baixo consumo de hortaliças constitui-se em um problema de segurança alimentar e nutricional. As despesas alimentares consomem grande parte da renda das famílias pobres das cidades e, por isso, elas buscam constantemente alternativas que reduzam estes gastos e garanta a segurança alimentar (DRECHSEL et al., 1999).Dessa forma, as espécies não-convencionais (PANCs) desempenham papel crucial na segurança alimentar, geração de renda para o agricultor familiar. Elas têm papel importante na redução da pobreza rural com base no desenvolvimento advindo dos recursos locais. No entanto, no mundo globalizado, tais espécies são ainda subutilizadas, mas que apresentam potencial para beneficiar a população em geral, visto que proporcionam dietas balanceadas, rentabilidade diversificada, melhor preservação dos agroecossistemas e maior uso de terras marginais juntamente com a preservação da identidade cultural (Padulosi et al., 2002; IPGRI, 2006).As hortaliças não-convencionais são plantas alimentícias, muitas vezes denominadas “daninhas” ou “inços”, pois crescem entre as plantas cultivadas, porém, são espécies com grande importância ecológica e econômica. Muitas destas espécies, por exemplo, são alimentícias, mesmo que atualmente em desuso pela maior parte da população. O mesmo é válido para plantas silvestres, genericamente chamadas de “mato” ou “planta do mato” que, no entanto, são recursos genéticos com usos potenciais inexplorados (KINUPP; BARROS, 2007).A diversidade de espécies da flora com potencial alimentício no mundo ainda é desconhecida. Kinupp e Barros (2004), em trabalho preliminar, levantaram aproximadamente 2.000 espécies vegetais não convencionais potencialmente comestíveis no Brasil. No entanto, apesar da grande diversidade de espécies vegetais com potencial alimentício existentes na natureza, atualmente, pequena parcela destas é utilizada (MMA, 2011).        Mudanças nos sistemas de produção agrícola, visando preferencialmente mercados especializados, têm acarretado na especialização de culturas e, consequentemente, na redução da diversidade de produção de alimentos e dos recursos fitogenéticos (FREITAS e MEDEIROS, 2008; BALSAN, 2006).Diversos recursos alimentares, que fizeram parte da dieta da população ao longo do tempo, hoje são subutilizados devido a mudanças de hábitos alimentares e, ou a baixa disponibilidade (MAPA, 2010). Estes fatores são agravantes, uma vez que podem interferir diretamente na dieta da população, com redução da diversificação alimentar e aporte de nutrientes. No entanto, muitos destes recursos estão disponíveis e podem se constituir em ferramenta importante às populações que se encontram em situação de risco alimentar e nutricional.A intensa expansão do modelo de produção agropecuário para novas áreas da zona rural prejudicou muitas comunidades tradicionais (GIRALDI, 2012). Hábitos alimentares de nossos antepassados estão se perdendo devido à progressiva incorporação de produtos alimentícios industrializados, típicos de países desenvolvidos; sofrendo influências da mídia e dos interesses econômicos e corporativos, levando boa parte das pessoas a optar pela especialização ao invés da diversificação alimentar (KINUPP, 2007; BLEIL, 1998). A simplificação da dieta pode ser também influenciada pelo abandono da agricultura de subsistência, caracterizada pela diversificação de culturas, com o objetivo de manutenção pessoal e familiar, gerando o que Balem e Silveira (2005) denominam de erosão cultural alimentar. Esta pode ser definida como a perda gradativa da alimentação variada (mais complexa nutricionalmente) e alicerçada na especialização de culturas, com o emprego do monocultivo, e adoção de práticas e hábitos alimentares urbanos.      Portanto, ações que visem a incentivar o consumo de hortaliças e, particularmente, de variedades locais são importantes para a diversidade e riqueza da dieta das populações e perpetuação de bons hábitos alimentares. Ainda, há que se ressaltar a valorização do patrimônio sócio-cultural do povo brasileiro. A cultura é o maior patrimônio de qualquer civilização e a alimentação com seus pratos típicos e hábitos alimentares saudáveis é fundamental para a perpetuação das relações culturais existentes nas diversas regiões. Marina Keiko Welter CAB Em execução 1 de Setembro de 2022 1 de Dezembro de 2022 A utilização de alimentos alternativos para o combate à fome na população de baixa renda é assunto que tem recebido atenção no Brasil nos últimos anos, especialmente em razão do drama crescente da população carente. Atualmente, vivemos um período de transição nutricional que se caracteriza por mudanças seculares em padrões nutricionais que resultam de modificações na estrutura da dieta dos indivíduos e que se correlaciona com mudanças econômicas, sociais, demográficas e relacionadas à saúde. Tal transição converge para uma dieta rica em gorduras (particularmente as de origem animal), açúcar e alimentos refinados e reduzida em carboidratos complexos e fibras, consequentemente, em hortaliças e frutas.    Para estimular o consumo de hortaliças e frutas, e, possivelmente, reverter o quadro desencadeado pela transição nutricional, poderiam ser utilizados os alimentos não convencionais ou regionais. Porém, estudos sobre seu manejo ainda são escassos.A preservação das espécies vegetais comestíveis é chave para o abastecimento da alimentação, especialmente para populações de baixa renda e com menos terra. Em numerosas comunidades de agricultura ou suburbanas o uso de plantas silvestres está sendo abandonada. Fatores sócio-ecológicos contribuem para o abandono dos recursos naturais. Destaca-se o fato dos hábitos alimentares, em sociedades urbanizadas, estarem sendo modificado atualmente devido à forte propaganda veiculada na mídia, principalmente na televisão, o produto de origem natural não tem grande aceitabilidade, sendo tidos como “coisas do passado” e de pessoas carentes (CARNEIRO, 2004).As hortaliças não-convencionais (PANCs), devido ao seu baixo custo, fácil disponibilidade e valor nutritivo, podem ser uma alternativa para a melhoria do conteúdo de alguns micronutrientes na dieta de pessoas de pouco poder aquisitivo, substituindo alimentos de alto custo e, talvez, menor disponibilidade. Tais pessoas não desfrutam do conhecimento a respeito destas fontes de nutrientes, sendo necessários trabalhos de conscientização dessas populações sobre os benefícios do uso desses alimentos como alternativa de consumo.Existem hoje, pessoas que vivem no meio rural e não tem conhecimento prático em relação às plantas que poderiam ser aproveitadas na alimentação. Muitas pessoas que ainda possuem algum conhecimento do que pode ser utilizado como fonte adicional na alimentação parece envergonha de plantar e colher as plantas em seus quintais, em outros terrenos como sítios e outras áreas limítrofes não poluídas ou devem achar que estão regredindo a pré- história, muitos não utiliza essas fontes alimentícias. Estudos mostram que essa falta de interesse pelo uso de alimentos naturais é a falta de informação e pesquisas do que pode ser preparado com os alimentos silvestres e o seu modo de preparo (ISOBE et al., 2007).A presente proposta é fundamental, pois permitirá o acesso a informações sobre uma alimentação de qualidade, em quantidade suficiente e o estímulo ao consumo de alimentos regionais (PANCs), premissas garantidas pela Lei Orgânica da Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) e reforçadas na Estratégia Global em Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde da Organização Mundial da Saúde.
Tecnologias Sociais para a produção agroecológica de mudas de frutíferas tropicais A agricultura sempre esteve presente no modelo econômico adotado pelo Brasil desde sua colonização. Um modelo hegemônico que estabeleceu os limites da ruralidade brasileira, imposta através da violência, da expropriação, da grilagem e do conluio com o Estado que foi utilizado fortemente aos serviços dos grandes latifúndios. Este modelo tem como característica a concentração de renda e consequentemente de terras, sendo o agronegócio contemporâneo produto desta construção histórica. Nesta perspectiva, as tecnologias sociais surgem ou se aperfeiçoam com o objetivo de fortalecer a produtividade do agricultor de base familiar, dando a eles autonomia e condições de produzir. A fruticultura apresenta-se como uma das mais amplas opções de exploração econômica para o Estado de Roraima, por encontrar ótimas condições edafoclimáticas, bem como a privilegiada posição geográfica. No entanto, o sucesso do plantio se inicia com a produção das mudas de boa qualidade, especialmente em relação ao substrato que deve oferecer bom suprimento nutricional ao longo do desenvolvimento da muda. Marina Keiko Welter CAB Em execução 1 de Junho de 2022 1 de Dezembro de 2022 As tecnologias sociais associadas com a agroecologia, possibilitam ao agricultor produzir alimentos saudáveis, sem a utilização de insumos químicos, barateando o custo de produção, e possibilita levar aos mercado produtos livres de contaminação química o que contribui para a agregação de valor, uma vez que os produtos oriundos da agroecologia, possuem qualidade superior aos da agricultura convencional.A produção sustentável de frutíferas tropicais torna-se uma alternativa viável ao desenvolvimento regional, como fonte de alimentos e meio de agregar valor aos recursos naturais disponíveis na Amazônia, melhorando a renda das pequenas comunidades rurais e favorecendo a preservação do solo e dos lençóis freáticos.A prática do uso de adubos químicos ainda está em evidência no Estado de Roraima, que causa aumento no custo de produção e, usado de forma incorreta, pode causar impactos ambientais por meio de desequilíbrios químicos no solo. Assim, a tecnologia social que incentiva o uso de adubos alternativos (pó de basalto) na produção de frutíferas tropicais proporcionará melhor estabilidade de fornecimento destes produtos no mercado local, uma vez que, este projeto propõe a utilização de produto natural e de baixo custo aos produtores.Além disso, o serviço de extensão rural é deficiente no Estado de forma generalizada, sendo que, os maiores prejudicados com essa falha são os agricultores familiares que não possuem recursos financeiros para custearem o pagamento de profissional técnico. Portanto, a proposta visa também, orientar capacitar a comunidade sobre as tecnologias sociais para a produção agroecológica de frutíferas tropicais.
HORTOTERAPIA PARA OS "JOVENS" DA TERCEIRA IDADE O desenvolvimento de uma horta com a pessoa idosa contribui com sua interação social e possibilita a diversificação de atividades. A ação de plantar e cultivar ervas e temperos para depois utilizá-los aumenta muito o prazer do consumo, sendo muito indicado para pessoas idosas, desde que as dimensões do espaço ofereçam boa condição de alcance. Por meio do projeto hortoterapia para a terceira idade, a pessoa idosa tem acesso às informações básicas sobre o plantio e cultivo de diferentes culturas (temperos, ervas medicinais e verduras), o que impacta positivamente na sua forma de consumir e se alimentar. Este projeto visa: construir coletivamente um espaço de cultivo dentro das unidades educativas de produção do campus Avançado Bonfim; proporcionar o contato com a terra, produção de temperos, ervas medicinais e verduras; ampliar os conhecimentos da pessoa idosa na área da Ciência da Terra; possibilitar a relação intergeracional entre os estudantes participantes do projeto e os idosos; incentivar a construção e manutenção de hortas domésticas; estimular a valorização pessoal e social por meio do trabalho, bem como o voluntariado e o envolvimento das pessoas idosas para a condução da horta; resgatar junto à comunidade o hábito de produção de alimentos para autoconsumo. E necessário promover a conscientização e inclusão do idoso nas atividades, visando contribuir com sua qualidade de vida. Este projeto contribuirá também em conhecer: os hábitos dos idosos no que tange ao consumo de plantas provenientes da horticultura; os conhecimentos acerca das propriedades das plantas mais utilizadas pelo grupo e refletir sobre a qualidade de vida do idoso por meio do cultivo e manejo da horta. Eliselda Ferreira Correa CAB Em execução 1 de Junho de 2022 1 de Dezembro de 2022 A terceira idade é um período de grandes transformações para o indivíduo. Isso inclui uma série de mudanças físicas, aposentadoria, doenças, afastamento ou perda de pessoas queridas, além de uma redução da independência e autonomia de modo geral. Em tempos de pandemia e afastamento social, a solidão na terceira idade tornou-se mais severa, considerando o aumento na taxa de envelhecimento da população brasileira e no número de idosos vivendo em casas de repouso, muitos completamente abandonados pela família. Recentemente, um grupo de pesquisadores da Universidade de York divulgou um estudo indicando que a solidão e o isolamento social podem aumentar o risco de doenças cardíacas em 29% e o de acidentes vasculares em até 32%. No caso dos idosos, tanto o aumento da pressão e dos níveis de colesterol quanto a diminuição na capacidade cognitiva e o agravamento de quadros depressivos podem ser potencializados pela sensação de isolamento e solidão. No que se refere à depressão, o isolamento social pode ser tanto um sintoma quanto um fator desencadeador da doença. A questão da velhice, do envelhecimento como objeto de preocupação e de foco para essa proposta de PBAEX passou tanto por interesse pessoal quanto pela relevância social do tema. Sabe-se que a velhice e o envelhecimento apresentam-se de forma diferente para cada indivíduo. Envelhece-se como se vive durante os anos do tempo de vida da pessoa, pois a experiência de cada um é vivenciada e elaborada ao longo dos anos. Diante dessa temática, o projeto hortoterapia para a terceira idade promoverá um espaço de convivência no qual os idosos poderão interagir numa ação comum, com base no cultivo de ervas medicinais, temperos e verduras. O ato de cultivar, por meio da horta, possibilita desenvolver habilidades e ampliar o círculo de amizades, que contribuem para a socialização e cooperação entre os idosos. Além disso a horta possibilita o acesso a produtos orgânicos, cultivados pelos próprios alunos, como também permite ocupar diferentes espaços e tempos ociosos. Isso vale especialmente para as pessoas idosas que estão acostumadas a uma vida social mais intensa, como atividades em grupo e passeios ao ar livre, por exemplo. A execução desse projeto para atender a pessoas da terceira idade, como a participação da construção de uma horta apropriada pode ser o meio de externar emoções contribuindo para criar novos objetivos e ao direcionamento do foco para o bem-estar na moradia.
Mecanização Agrícola para fortalecimento da agricultura familiar e comunitária no Município de Amajari O preparo da área de cultivo através da gradagem através da melhoria das características físicas (compactação, adensamento e encharcamento), químicas (incorporação do calcário) e biológicos (controle de pragas, controle de plantas espontâneas)  é uma estratégia para favorecer a brotação e germinação, o crescimento radicular e o estabelecimento das culturas. Além das características do solo, a mecanização agrícola na agricultura familiar apresenta como vantagens economia de tempo e recursos, aumento da produtividade, qualidade e diminuição das falhas. O objetivo do Projeto é apoiar as iniciativas de agricultores familiares, através do preparo do solo (gradagem), potencializando a produção agrícola das culturas voltadas para o autoconsumo milho, feijão e mandioca e hortaliças. Edivania de Oliveira Santana CAM Em execução 31 de Março de 2022 16 de Dezembro de 2022 A importância da mecanização nas propriedades agrícolas já é senso comum entre a maioria dos produtores rurais já que os implementos, de maneira geral, trazem muitos benefícios para todo o processo que envolve a produção. Porém, o acesso a máquinas agrícolas, como tratores e implementos, é ainda restrito por conta do alto custo, seja para locação como também, para a compra e ou manutenção. Diante ao exposto a parceria entre produtores e instituição visa disponibilizar o serviço de mecanização, reduzindo os custos e aumentando a eficiência produtiva dos produtores.