Projetos de Extensão

Título Resumo Coordenador Unidade Situação Início do projeto Fim do projeto Justificativa
Juventude Informada: Relações Saudáveis e Prevenção O projeto tem objetivo de discutir e informar com adolescentes e jovens sobre relacionamentos abusivos e relações sexuais, visto que muitos deles têm acesso a um vasto número de informações sobre o tema mas que, necessariamente, não significam que sejam confiáveis. Por intermédio de especialistas nos assuntos tratados, esse projeto propõe um conjunto de quatro rodas de conversa para tratar dos temas: gravidez precoce, ISTs, relacionamentos abusivos e masculinidades. Fornecer informações sensíveis por meio de conversa e promover discussões abertas sobre relacionamentos e saúde sexual para adolescentes, é uma tarefa necessária, sobretudo para populações carentes, como as que habitam no entorno do Campus Boa Vista Zona Oeste. É nesse sentido que o projeto visa atuar. Vitor Lopes Resende CBVZO Em execução 2025-04-07T00:00:00 2025-06-27T00:00:00 A discussão sobre relacionamentos abusivos no contexto juvenil é de extrema relevância acadêmica e social, uma vez que se trata de um fenômeno complexo e multifacetado que impacta significativamente o desenvolvimento emocional, psicológico e social dos indivíduos. A adolescência e o início da vida adulta são períodos críticos para a formação da identidade e das relações interpessoais, sendo, portanto, um momento propício para a intervenção educativa e preventiva. (Maia, Nunes e Silva, 2017)Em primeiro lugar, é importante destacar que os relacionamentos abusivos não se restringem à violência física, mas englobam também formas sutis de controle, manipulação e coerção, como a violência psicológica, emocional, sexual e digital. Essas dinâmicas podem ser normalizadas ou até mesmo imperceptíveis para os jovens, devido à falta de informação e à imaturidade emocional característica dessa fase da vida. A ausência de discussões sobre o tema pode perpetuar ciclos de violência, uma vez que os jovens podem reproduzir padrões de comportamento aprendidos em suas relações familiares, sociais ou midiáticas.Junto com as formas abusivas de relacionamentos, os adolescentes precisam lidar com outras questões para as quais, muitas vezes, não possuem maturidade ainda. A gravidez precoce e não planejada, a própria sexualidade, as IST, são muitas as questões que afligem as juventudes e a melhor forma para tratá-las, sem dúvida, é por meio do diálogo e da educação. Por isso esse projeto se mostra relevante e necessário.
Jiu-Jitsu - O esporte para a Cultura de Paz  De acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2022), a Zona Oeste é composta por 40 bairros e abriga 75% da população de Boa Vista.  Ou seja, considera-se a existência de um número considerável de adolescentes e jovens que residem nessa área de Boa Vista, em situação de vulnerabilidade socioeconômica e que podem ser atendidos pelas ações extensionistas do IFRR. Pensando nisso, este projeto pretende disseminar a cultura de paz por meio da prática do jiu-jitsu brasileiro, como uma atividade prazerosa e interessante  para o desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas que podem contribuir para o bom êxito nos  estudos, na inserção no mercado de trabalho e na vida em sociedade. Durante a realização deste projeto serão atendidos adolescentes e jovens de 16 a 18 anos, residentes na Zona Oeste da cidade de Boa Vista/RR, com encontros semanais no Campus Boa Vista Zona Oeste e os resultados obtidos serão apresentados à comunidade acadêmica e comunidade em geral no Fórum de Integração do IFRR e em outros eventos que a equipe responsável  julgar importante. Fernanda Silva do Casal CBVZO Em execução 2025-04-07T00:00:00 2025-07-14T00:00:00  Esse projeto é importante para a região Zona Oeste de Boa Vista e de grande possibilidade de impacto social partindo da ideia que o jiu-jitsu pode ser uma ferramenta para promover a cultura de paz, contribuindo no desenvolvimento da confiança, autocontrole e respeito dos praticantes. Ainda, destaca-se a relação da realização deste projeto com a formação profissional do estudante bolsista, de forma que, como consta no Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio (IFRR/CBVZO, 2022, p. 11): O profissional Técnico em Administração, após a conclusão do curso, estará apto a executar operações administrativas de planejamento, pesquisas, análise e assessoria no que tange à gestão de pessoal, de materiais e produção, de serviços, à gestão financeira, orçamentária e mercadológica. Além de ter atitude ética no trabalho e no convívio social, compreender os processos de socialização humana em âmbito coletivo e perceber-se como agente social que intervém na realidade; e ter iniciativa, criatividade, autonomia, responsabilidade, trabalho em equipe, para exercer liderança e empreender.Para a execução deste projeto serão realizadas pesquisas a fim de esclarecer e aprofundar os conteúdos/temas e práticas que serão realizadas durante os três meses, bem como para que o estudante envolvido relacione este projeto com a necessidade da pesquisa e ao processo de formação específica do mesmo (ensino médio e curso técnico).Sendo assim, a realização deste projeto vai ao encontro das diretrizes das atividades de extensão do Instituto Federal de Roraima. Portanto, além de proporcionar a aproximação dos moradores ao IFRR/CBVZO e a visibilidade do IFRR inserido na e à serviço da comunidade, este projeto contribuirá na mitigação dos índices de violência e de comportamentos danosos à vida humana nas suas diferentes relações. 
Escola de Xadrez Lance Brilhante Um fato incontestável é que o xadrez é um notável esporte e também uma importante fonte de cultura, arte e ciência, que pode ser usado como recurso pedagógico para melhorar o desempenho de alunos no ambiente escolar, possibilitando ainda às pessoas que o praticam o desenvolvimento de uma série de habilidades positivas para o ser humano, tais como a melhora do raciocínio lógico, da atenção, da concentração, entre outras.  Dessa forma, este projeto visa oferecer aulas de xadrez básico preferencialmente para o público de alunos do 8º e 9º ano do ensino fundamental II matriculados nas escolas próximas à localidade do IFRR/CBVZO. Para isso serão realizadas duas aulas em cada semana de execução do projeto com duração de 1h cada no período da tarde, as quais, executadas de maneira expositiva dialogada e prática, onde será abordado os conteúdos mais relevantes do xadrez básico. Espera-se que o público atendido domine os principais aspectos do jogo de xadrez básico e da cultura enxadrística de modo geral. Gutemberg Leao Brasil CBVZO Em execução 2025-04-07T00:00:00 2025-06-27T00:00:00 O xadrez se apresenta não somente como um interessante jogo, mas também  como um notável esporte, fonte de cultura, arte e ciência. Perpassa desde os ambientes competitivos profissionais a ambientes escolares,  possuindo o potencial de ajudar a desenvolver diversas qualidades nas pessoas que o praticam, tais como atenção, concentração, melhora na tomada de decisões, criatividade, resolução de problemas, e entre outras. Pode ser ainda usado como recurso pedagógico para melhorar o rendimento e o desempenho dos alunos nas mais diversas atividades escolares, portanto, no sentido de todas as potencialidade do xadrez, promover a prática desse esporte e a difusão da cultura enxadrística por meio de atividades de extensão se traduz como uma importante ação educacional.Vale ressaltar ainda que os estudantes bolsistas e voluntários que compõe o projeto, se beneficiarão também do desenvolvimento das mesmas qualidades citadas acima, pois estarão diretamente ligados não somente com as atividades ofertadas mas também com a participação no desenvolvimento e elaboração delas.
Práticas Esportivas para Interação Social: Indígenas, Estrangeiros, não Indígenas, Egressos e Servidores do IFRR-CAM O Projeto proposto visa oportunizar a prática de voleibol, queimada, atletismo, tênis de mesa e futsal para interação social entre indígenas, estrangeiros, não indígenas, servidores e egressos no ambiente escolar do Instituto Federal de Roraima - Campus Amajari (IFRR -CAM). Adolescentes e crianças que residem na Vila Brasil não possuem local para prática esportivas ou praça pública e isso acaba gerando situações que deixam principalmente as crianças e adolescentes em uma grande vulnerabilidade social, sendo que os locais improvisados para práticas esportivas são locais afastados desprovido de iluminação e segurança. No município de Amajari-RR, a diversidade populacional está estampada nos rostos, nos sotaques, nas línguas das diferentes etnias, como também dos estrangeiros vindos da Venezuela, todo esse contexto está fora e também do lado de dentro do Instituto Federal de Roraima - Campus Amajari com mais de 120 alunos (as) alojados (as), sendo que muitos deles, passam meses sem poderem regressar para as suas residências por falta de recursos financeiros para pagar o transporte. Quando abordamos o assunto sobre identidade cultural no contexto escolar, estamos envolvendo questões de valores que, para alguns alunos, são importantes, que marcam sua história e para muitos, fortalecidos pela globalização, apenas um assunto passageiro. Entendemos que uma política cultural consistente não é aquela que centra sua atenção em eventos isolados, e sim a que desenvolve ações continuadas visando resultados a médio e longo prazo. A prática de esportes é um direito que  está assegurado na Constituição Federal brasileira e no Estatuto da Criança e do Adolescente. O esporte é para  todos, e deve ser praticado com respeito à diversidade e às condições físicas e psicológicas de cada pessoa Lucas Correia Lima CAM Em execução 2025-03-07T00:00:00 2025-12-05T00:00:00 No município de Amajari-RR, a diversidade populacional está estampada nos rostos, nos sotaques, nas línguas das diferentes etnias (Macauxi, Taurepang, Whapixana, Xiriana, Yekuana e Sapará), como também dos estrangeiros vindos da Venezuela a procura de um novo começo de vida buscando apoio do povo brasileiro, todo esse contexto está do lado de dentro do Instituto Federal de Roraima Campus Amajari com mais de 120 alunos (as) alojados que passam meses sem poderem regressar para as suas residências por falta de recursos financeiros para pagar o transporte (as) e também do lado de fora, na Vila Brasil, sede do Município. Quando abordamos o assunto sobre identidade cultural no contexto escolar, estamos envolvendo questões de valores que, para alguns alunos, são importantes, que marcam sua história; e para muitos, fortalecidos pela globalização, apenas um assunto passageiro. A maneira como será repassado esse conhecimento irá dizer se essa prática educativa deve buscar transformações ou a manutenção do público onde está inserido; não será apenas as práticas esportivas que vai determinar a direção, e sim a didática, o modo de como o conhecimento é transmitido.Cabe a todos nós a articulação dos mecanismos dispostos pelo Estado, conjuntamente com outras iniciativas, que sejam privadas ou de outras organizações, criando assim, um intercambio entre as várias linguagens, e com isso potencializando o surgimento de novos talentos. O projeto proposto na verdade já é uma procura de jovens Egressos do IF CAM, adolescentes e crianças que residem na Vila Brasil que não possuem local para praticar atividades esportivas e praça pública e isso acaba gerando situações que deixam principalmente as crianças e adolescentes em uma grande vulnerabilidade social, sendo que os locais improvisados para práticas esportivas são locais afastados desprovido de iluminação e segurança, o que ocasionou no final do ano passado (2023) dois casos de violência sexual contra duas crianças de aproximadamente 12 anos. Durante o ano de 2024 ma de alunos de voleibol, no qual, integrantes do time desenvolviam projetos da prática deste esporte trazendo crianças e adolescentes da comunidade para dentro da Instituição estimulando a prática esportiva e uma vida saudável. Muitos desses alunos/atletas egressos ainda residem na Vila Brasil e sempre nos relatam sobre a falta de espaços para a prática esportiva o que acaba gerando um grande quantitativo de indivíduos com espaço/tempo ociosos. Desde o ano de 2020 não foi criado no Campus Amajari algum projeto voltado para as práticas esportivas, e isso também é bem discutido entre os alunos alojados, que em muitos momentos se reúnem ao entardecer para relembrar as brincadeiras de infância ajudando na socialização cultural e interação social.  A aprovação deste projeto é aguardo por membros da comunidade e irá trazer um grande impacto positivo social na vida de muitos adolescentes e crianças desprovidos de espaços para práticas esportivas. 
Realizar e apoiar atividades de ensino, pesquisa e extensão na Terra Indígena Yanomami (TIY) na área de piscicultura e pesca artesanal 01. Apoio a permanência em seu território e a segurança alimentar e nutricional: Os povos Yanomami e Ye’kwana tem um território que perfaz um total de 9.665 milhões de hectares sob responsabilidade do Governo Federal, com uma população de aproximadamente 30 mil pessoas em várias comunidades onde os mesmos têm sua própria organização social e seus conhecimentos tradicionais. Porém, estes estão passando por uma situação de graves ameaças territorial, ambiental e principalmente humana onde necessitam de todo o apoio governamental para garantir a sua integridade física e psicológica para que possam ter segurança para permanecer dentro do seu território. Assim, esse projeto visa atender inicialmente 5 (cinco) comunidades indígenas, que serão definidas pelos Yanomami, com projetos de extensão que irão proporcionar a formação inicial e continuada, assessoria técnica e a implantação de módulos de piscicultura, realização de oficinas e workshops sobre pesca com objetivo de promover a sustentabilidade das atividades relacionadas aos recursos pesqueiros desenvolvida pelos indígenas dentro da T.I Yanomami contribuindo com a segurança alimentar visando buscar alternativas de garantir um programa permanente de segurança alimentar e nutricional dentro da Terra Indígena Yanomami.02. Promoção da formação inicial e continuada visando a apropriação de conhecimentos técnicos articulados com os conhecimentos tradicionais: os povos Yanomami possuem conhecimentos tradicionais que vem sendo compartilhados por várias gerações, com isso o que se pretende com esse projeto é alinhar esses conhecimentos com os conhecimentos técnicos para que se possa buscar garantir a autonomia e autossustentabilidade desses povos na produção de seus próprios alimentos, a manutenção e exploração sustentável dos recursos pesqueiros disponíveis, bem como agregar novas técnicas para o manejo e desenvolvimento da piscicultura. Para isso, serão ofertados oficinas e workshops sobre sustentabilidade na pesca e cursos de formação inicial e continuada de piscicultura com práticas pedagógicas que serão realizadas dentro do território visando uma melhor aprendizagem, dentro do contexto onde os estudantes irão atuar, garantindo assim um processo formativo onde os mesmos irão posteriormente dar continuidade as atividades de cultivo de pescado, inclusive ampliando para outras comunidades.03. Possibilitar o acompanhamento e monitoramento da pesca e piscicultura na T.I Yanomami: a partir das atividades formativas serão realizados diagnósticos para que se possa fazer um acompanhamento e monitoramento da atividade pesqueira e piscicultura dentro do território Yanomami visando identificar as espécies consumidas que possa elaborar outras formas de manejo, respeitando a cosmologia dos Yanomami. Essa ação visa articular os conhecimentos de espécies consumidas pelos Yanomami com os conhecimentos técnicos de outras espécies nativas, visando garantir a aprendizagem de novas técnicas e tecnologias compartilhadas entre os povos. Assim, além dos assessores técnicos, atuarão nessa ação também estudantes e egressos indígenas dos cursos FIC, técnicos e superior de Aquicultura do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima – IFRR para que se possa garantir um intercâmbio de conhecimentos entre os povos indígenas para que, a médio e longo prazo, possam dar continuidade às atividades de piscicultura como uma forma de autossustentabilidade do território indígena.04. Sobre a capacidade técnica para execução do projeto: O projeto será executado e coordenado a partir do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima/Campus Amajari, com o apoio da Reitoria e de outros Campi. As ações estão relacionadas às áreas de recursos naturais, por isso para as atividades serão desenvolvidas pelos docentes, técnicos administrativos, estudantes e egressos dos cursos de aquicultura e agropecuária, além disso contará com colaboradores externos. Os docentes que coordenarão e farão a assessoria técnica no âmbito do projeto são engenheiros de pesca com uma larga experiência em recursos pesqueiros (Pesca e Aquicultura). Marcelo Figueira Pontes CAM Em execução 2024-06-25T00:00:00 2026-06-25T00:00:00
FUNAI TIY Letramento e Numeramento Este projeto nasceu da necessidade, em caráter urgente, de levar formação inicial e continuada ao povo Yanomami, por isso foi escrito e apresentado à FUNAI nacional, aprovado e iniciado conforma TED: 194152 - DPDS/CGPC/COPE. Inicialmente, o projeto teria como objetivo ofertar Curso de Formação Inicial e Continuada a duas comunidades - Ajarani e MIssão Catrimani, com carga horária de 150h para elaboração de oficinas de letramento e numeramento , com o intuito de ampliar o conhecimento da língua portuguesa, realizar um levantamento etnográfico abrangente sobre a cultura, língua e contexto social das comunidades Yanomami. Como produto final seria elaborado um material impresso bilíngue (em língua indígena e português). Entretanto, em conversas com a UFMG, percebemos que poderia ser mais útil trabalharmos com oficinas com temas geradores de interesse das comunidades. Nesse sentido, iniciamos as visitas com o desenvolvimento de oficinas , com discussões, produções escritas, explanações sobre temas diversificados. As oficinas serão úteis , mas também é importante realizar um levantamento da escolaridade dos moradores das comunidades para ver em quais níveis (Ensino Fundamental ! ou Ensino Fundamental 2) eles estão e qual(is) falta(m) realizar na comunidade. Ao final do projeto, editaremos um material com as produções deles durante a vigência do projeto. Jose Vilson Martins Filho CAM Em execução 2024-09-01T00:00:00 2025-09-30T00:00:00
Recursos Naturais e Produção Alimentícia no TI Yanomami Em janeiro de 2023, o Governo Federal publicou o decreto Nº 11.405, que dispõe sobre medidas para o enfrentamento da Emergência em Saúde Pública de importância Nacional e de combate ao garimpo ilegal no território Yanomami por órgãos da administração federal. Em seu primeiro parágrafo o decreto estipula como uma das ações para o enfrentamento da emergência de saúde pública o fornecimento de alimentos relacionados com a cultura, as crenças e as tradições indígenas. Com isso, atividades formativas e de assessoria técnica são fundamentais para contribuir com o povo Yanomami para a revitalização de seus processos produtivos próprios, bem como contribuir com novas técnicas que possam ampliar a produção, armazenamento e conservação de alimentos. Dentro desse contexto, visando buscar alternativas para a produção de alimentos de origem vegetal, bem como melhorar o manejo dos roçados  o projeto irá desenvolver ações formativas associadas as práticas pedagógicas que possibilitarão a implantação de ações efetivas na área de produção vegetal, respeitando as especificidades dos hábitos alimentares do povo Yanomami. Assim, quanto a experiência do IFRR/Campus Amajari este oferta desde 2010 cursos FIC e técnicos na área de recursos naturais e produção alimentar, além de desenvolver projetos de Extensão que tem atendido os povos indígenas de Roraima com capacitação e assessoria técnica. Nesse contexto, o projeto irá possibilitar a formação e capacitação dos Yanomami na área de recursos naturais e produção alimentícia para que este possam se apropriar de novas tecnologias que, associadas com o conhecimento que estes já possuem irá possibilitar que eles tenham alternativas sustentáveis para aumentar a produção de alimentos de origem vegetal de forma sustentável dentro da  terra indígena. O projeto será executado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima e coordenado pelo Campus Amajari. As ações estão relacionadas as áreas de recursos naturais e produção alimentícia, por isso para as atividades serão desenvolvidas pelos docentes, técnicos administrativos, estudantes e egressos dos cursos de Aquicultura e Agropecuária, além disso contará com colaboradores externos, incluindo intérpretes da língua Yanomami. Os docentes que coordenarão as atividades são da área da Agronomia e da Engenharia de Alimentos com uma larga experiência em extensão rural, bem como atuarão técnicos e docentes de outras áreas que contribuirão na sistematização das ações e na realização dos cursos e oficinas. Leidiana Lima dos Santos CAM Em execução 2024-11-18T00:00:00 2025-10-30T00:00:00
PROJETO DESENVOLVER: Programa de Exercícios Multimodais para o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças O desenvolvimento infantil com olhar neuropsicomotor, deve-se relacionar as etapas de habilidades a serem adquiridas, em relação as faixas etárias e à formação dos principais pilares psicomotores. Com isso, os programas de intervenção de exercícios multimodais (atividades físicas variadas) podem ser uma possibilidade na melhoria e/ou recuperação do desempenho psicomotor de crianças. Este projeto tem como objetivo geral aplicar um programa de exercícios multimodais para o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças entre 3 e 10 anos. Este programa de exercícios físicos será aplicado durante 3 meses com frequência semanal de UMA vez, com duração de cada sessão de 60 minutos. O plano de intervenção contará com as seguintes modalidades de exercícios: funcional kids, esportes, dupla-tarefa, motricidade fina, motricidade global, equilíbrio, esquema corporal, organização espaço- temporal, lateralidade, agilidade, sensoriais, na natureza. Serão selecionados 72 crianças típicas e atípicas de ambos os sexos ao total. Esperamos possibilitar às crianças atendidas, através das diversas atividades físicas planejadas, uma ampliação de suas experiências motoras, enriquecendo o repertório de habilidades motoras capaz de ajudá-las a competir com as crescentes exigências do meio em que interage e possibilitando melhorias em suas variáveis físicas e motoras, já que com o isolamento social, elas podem estar com baixo desempenho motor. Eliana da Silva Coelho Mendonca CBV Em execução 2024-08-27T00:00:00 2025-08-27T00:00:00 Há muitas décadas já vem ficando evidente a diminuição da prática de atividades físicas por crianças e adolescentes, e com o advento da pandemia, com certeza esses índices devem ter crescido assustadoramente. De acordo com Sugden (1984) entre 5 e 10% de crianças nos quatro primeiros anos escolares, apresentam transtornos motores suficientes para causar fortes preocupações para seus pais e professores, além delas próprias. É observado que pouca importância tem se dado, a nível principalmente de implantação de estratégias de políticas públicas voltadas para esse fim. Investimentos são necessários com o objetivo de buscar uma solução pontual do problema e direcionando o foco no estímulo de prevenção, recuperação e/ou manutenção da saúde de crianças e adolescentes. Tanto no ambiente escolar, como fora dele são muitos os desafios para se enfrentar diante do aparecimento de tantos transtornos de neurodesenvolvimento apresentado pelas crianças, e agravados em função do isolamento social, onde os espaços para brincar foram reduzidos. Isto faz com que muitas crianças com dificuldades não recebam intervenção de modo precoce, ou seja, cheguem após os 6 anos de idade para intervenções específicas (SILVA et al., 2012), perdendo um período crítico de intensa neuroplasticidade, com repercussões sobre seu desenvolvimento global e no processo de aprendizagem, que acontece intensamente nos 3 primeiros anos de idade (FERNANI et al., 2013). Com isso, os programas de intervenção de exercícios multimodais (atividades físicas variadas) podem ser uma possibilidade na melhoria e/ou recuperação do desempenho psicomotor de crianças. A literatura e muitos órgãos oficiais da área da saúde estabelecem que a prática regular de atividades físicas traz muitos benefícios em todas as idades. Entender o quanto uma intervenção baseada em práticas esportivas e exercícios com objetivos específicos, podem ser uma atividade prazerosa e agregadora. A promoção de saúde com base na escola, representa uma ferramenta de grande importância para a saúde pública e o desenvolvimento de ações de intervenção para promoção de hábitos saudáveis vem sendo estimulada por diversas instituições de conceito internacional (BRASIL, 2006; CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION - CDC, 2011). Neste sentido, postula-se que os exercícios físicos com diferentes tipos de estímulos (multimodais) podem auxiliar na melhora do desenvolvimento psicomotor de crianças, considerando que essa parcela da população anda apresentando dados significativos quanto ao seu desempenho motor. Desta forma, o objetivo desse projeto é aplicar um programa de intervenção utilizando exercícios multimodais visando o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças entre 3 e 10 anos de idade.
Resenha pura: leituras e escritas sistemáticas para o aprofundamento da vida        A demanda de aprimoramento da leitura, escrita e interpretação é recorrentemente mencionada no senso comum e em pesquisas sobre a educação brasileira. Dessa forma, nos perguntamos o que tem lido os (as) jovens? Quais os temas que lhes têm interessado? De que forma têm lido? Em que medida são provocados (as) a ler e escrever? Há alguma rotina de leitura? O que os motiva a ler e escrever? É possível compartilharem seus saberes entre si, de forma que também contribuam na formação mútua?       O projeto "Resenha pura" será a partir da seleção de 30 jovens do sul de Roraima, na região que compreende os municípios de Caracaraí, Rorainópolis, São João da Baliza, São Luiz do Anauá e Caroebe, entre 15 a 25 anos, através do preenchimento de um formulário virtual,  para reuniões, via google meet, a fim de discutir, refletir e fichar algumas obras renomadas em formato digital, já indicadas no formulário da inscrição, para que possam construir resenhas críticas em até 5 páginas e enviar para a coordenação do projeto e concorram à premiação. Essa avaliação levará em consideração a qualidade textual, a presença, a assiduidade e a participação nas reuniões, para poderem escolher uma obra física de seu interesse em até 100 reais. Essa obra poderá ser resgatada no campus Novo Paraíso ou em circunstância que for viável a entrega para as duas partes, mediante registro da compra e da entrega em termo assinado pela pessoa ganhadora. Com isso, também haverá a construção e partilha de partes do trabalho em uma página de rede social virtual com o nome do projeto para continuarmos no incentivo da propagação de leitores e leitoras a partir de iniciativa do IFRR. Como desfecho do projeto, propomos como compromisso social e educacional a certificação de 60 horas. Desta forma, este projeto visa estimular de maneira dialógica, interpretativa, analítica e aprimorada a prática e o aprimoramento da leitura e da escrita como bases para formação estudantil em todos os níveis. Tudo isso, a fim de colaborar com a formação de estudantes através textos diversos para o encaminhamento a outros níveis educacionais, para a formação cidadã e para a leitura e compreensão das realidades sociais existentes.As obras para a resenhas são: "O perigo de uma história única", da autora Chimamanda Ngozi Adiche, "Olhos d’agua", de Conceição Evaristo, "O pequeno príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry e "Jaci a filha da lua", de Rosa Morena.   Marcela dos Santos Sa CNP Em execução 2024-10-07T00:00:00 2025-05-16T00:00:00 A importância de um projeto como este se dá de maneira basilar para qualquer nível e área de formação. Ele é fundamentado na partilha de conhecimentos após uma elaboração maior da prática da leitura e da escrita, sendo reconhecida e recompensada após a análise coletiva de um dado material bibliográfico. A demanda desse projeto se dá diante: -das formas de leituras mais instantâneas que se têm na atualidade, muitas vezes, afirmando ou negativando somente imagens e vídeos com informações sem fontes seguras, apenas com um clique;-da realidade roraimense com imigrações de vários lugares do país e da Venezuela. Com isso, saberes de diferentes lugares podem ser partilhados de forma agregadora combatendo barreiras preconceituosas como a xenofobia;-das leituras superficiais e até equivocadas que são feitas de muitos materiais clássicos dos saberes escolares e da cultura nacional contemporânea, bem como de reflexões sociais atuais.-dos dois anos de pandemia em que os estudantes ficaram, fisicamente, longe das escolas, além do estado de Roraima existir dificuldades com internet para o ensino e aprendizagem no modelo remoto, alguns estudantes somente fizeram atividades impressas entregues na escola. Enfim, demandas que dificultaram o andamento da aprendizagem escolar por meio de sociabilidades, escrita e leitura compartilhada.-de ser tratar de uma região com poucas oportunidades de encontros entre as cidades distintas e o campus Novo Paraíso ser uma instituição que possibilita essa agregação, ainda que seja virtual, pois muitos dos (as) estudantes egressos são dessas cidades.         Sendo assim, busca-se aumentar a possibilidade de contribuir com a formação de mais pessoas, visando ampliar horizontes formativos com melhor execução dos estudos, compreensão e aprendizagem dos outros componentes curriculares, partindo da língua portuguesa e da história, em que possibilita uma base consistente para outros níveis de ensino e para a vida, contribuindo com a formação desses (as) jovens no sul de Roraima.           Portanto, a tríade leitura, interpretação e escrita é anteposta a qualquer outra formação que se quer qualificada. Logo, a urgência de propostas como esta, diante dos motivos alegados acima, como promover aprendizagens significativas de modo a se propagar, é de suma importância, partindo de uma instituição que tem como base o ensino, a pesquisa e extensão, visando contribuir com as comunidades externas.
"Vem Dançar Boi Bumbá" A Dança é uma das formas de expressão  mais antigas utilizadas pelo ser humano. Seus primeiros registros datam do período da pré-história e seguem até a atualidade, apresentando um movimento folclórico e cultural muito diversificado, acompanhando a evolução histórica do ser humano.As Danças Folclóricas são representações da cultura de um povo, com seus usos e costumes, crenças e tradições, passadas de geração em geração, representando uma herança  histórico e cultural, que serve de ligação entre o passado e o presente. Dentro desse contexto se apresenta as danças  folclóricas, com diferentes ritmos e classificações.A Dança do Boi Bumbá, que é o foco desse projeto, é característico da Região Norte, mais especificamente do Amazonas, e tem como maior propagador dessa cultura o Festival de Parintins, que acontece anualmente no mês de junho, e é considerada a maior manifestação  cultural a céu aberto do mundo.Na década de 90/2000, a cultura do boi bumbá era muito difundida na região norte, com diversos grupos folclóricos, apresentação em festivais e nas escolas, vindo posteriormente a um esquecimento. A alguns anos o festival retornou a sua grandiosidade, tanto nacional quanto internacionalmente e vem contemplando um novo público. Também com a divulgação do festival  a nível nacional, em um programa de renome na TV, o interesse do público tem aumentado visivelmente.Nesse contexto e com o objetivo de divulgar a dança do Boi Bumbá e oferecer acesso as coreografias e músicas, o Projeto Vem dançar Boi Bumbá pretende atingir 60 participantes de ambos os sexos, divididos em duas turmas, com aulas duas vezes na semana, nas segundas e quartas feiras, no horário das 18 h as 21:30 h na sala de dança do ginásio pedagógico do IFRR, no período de julho a dezembro de 2024. As aulas serão ministradas pelo aluno egresso do Curso de Licenciatura em Educação Física Izerbledison Franco de Souza, que atualmente compõe o grupo de bailado do cantor Dennis Martins e Banda, e três alunas do Curso de Licenciatura em Educação Física, participarão como monitoras. Liliana Roth CBV Em execução 2024-07-29T00:00:00 2024-12-20T00:00:00 A Dança e sua prática tem como finalidade  resgatar as manifestações expressivas da nossa cultura. É uma forma de arte e expressão que trabalha o corpo e a mente ao mesmo tempo e, por isso indicada para todas as idades, e dentre os mais variados objetivos tem a busca da melhoria da qualidade de vida, tema muito em pauta nos dias atuais. A Dança além de se apresentar como uma atividade física e cultural, é uma forma de socialização que aproxima as pessoas  e proporciona  interações leves e divertidas melhorando a saúde mental, a autoestima e o bem estar.
Literaturas indígenas e a força da ancestralidade no ensino das relações etno-raciais O presente projeto de extensão tem o objetivo de apresentar as literaturas indígenas a comunidade escolar e a comunidade do entorno do Campus Boa Vista Zona Oeste (COLEGIO ESTADUAL MILITARIZADO PROFESSORA ELZA BREVES DE CARVALHO). Percebendo a existência de preconceito e dificuldade de compreender a importância dos povos indígenas na nossa região entendemos que o conhecimento de indígenas autores/as de produções literárias que, em alguns casos, são conhecidos nacionalmente, poderiam melhorar a compreensão da importância das populações originárias do estado de Roraima. Observando a capacidade desses escritores/as e suas produções indicadas para escolas de todo o Brasil, como por exemplo Cristino Wapichana ou Daniel Munduruku entre outros/as, pretendemos valorizar e visibilizar a cultura e os conhecimentos ancestrais dos povos indígenas combatendo assim preconceitos que possam existir e existem em nossa comunidade escolar.  Pretendemos realizar três oficinas com autores e autoras indígenas locais que apresentarão suas obras. Essas oficinas serão abertas ao entorno do Campus Boa Vista Zona Oeste em especial ao Colégio Militarizado Estadual Professora Elza Breves de Carvalho e contará com ampla divulgação na região. Em geral são obras de poesia, ensaios, biografias ou livros infantis. No final do projeto realizaremos uma Feira Literária onde convidaremos a comunidade e contaremos com a presença desses autores e autoras, com apresentações do grupo de dança Diri Diri da Organização dos indígenas em contexto urbano (ODIC) e da banda Kruviana pertencente ao Programa de Extensão da UFRR Insikiran Anna Eserenka Kruviana. Assim poderemos demonstrar a potência da escrita indígena e as características de sua cultura cumprindo as determinações da lei 11.648 de 10 de março de 2008. Marcos Antonio de Oliveira CBVZO Em execução 2024-04-08T00:00:00 2024-06-28T00:00:00 Os povos indígenas têm sofrido constantes ataques racistas em todo o território nacional e, especialmente em Roraima. O estado de Roraima, segundo o “Relatório: violência contra os povos indígenas no Brasil - Dados 2020”, organizado pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI), aparecia como a unidade da federação com o maior número de assassinatos de indígenas em todo o território nacional, totalizando 66 (sessenta e seis) indígenas. Entre os 15 (quinze) casos de racismo contra os povos indígenas no Brasil registrados no ano de 2020, 1 (um) deles ocorreu em Roraima. Em julho de 2020, em plena pandemia de coronavírus,  um grupo de mulheres de militares realizou o que chamaram de uma “ação social” na Terra Indígena (TI) Yanomami. Além de não usarem máscaras de proteção, causaram aglomeração, inclusive de crianças, e realizaram uma série de ações de desrespeito à cultura dos Yanomami, como maquiagem no rosto de mulheres indígenas, pintura de unhas e distribuição de roupas e de doces. Essas atitudes, dentre outras, presentes em nosso estado, nos remete a reflexão de Frantz Fanon, no qual o racismo sustenta-se na ideia de que os grupos sociais poderiam ser vertical e hierarquicamente ordenados, permitindo, assim, inúmeras formas de violência contra as populações ou grupos sociais vítimas desse sentimento. Para o pensamento racista parece aceitável a precarização das condições de vida e a morte de alguns para assegurar as condições de vida de outros. Assim sendo, considerando a existência do racismo contra os indígenas em Roraima e os estudantes indígenas do IFRR também sendo vítimas deste crime. Cabe ressaltar que é considerado crime de racismo quando o agressor, publicamente, discrimina e agride todo o grupo do qual a vítima faz parte (Inciso XLII do Artigo 5º da Constituição Federal e Art. 20 da Lei 7716/89), pode ocorrer em espaços públicos, na mídia ou em redes sociais, por exemplo. Seus efeitos e modos de propagação não podem ser mensurados, uma vez que têm o potencial de incitar à discriminação, à hostilidade e à violência. Pretendemos desenvolver no campus Boa Vista Zona Oeste as oficinas dos escritores e autoras indígenas e a Feira literária indígena. Para tanto, pretendemos envolver a comunidade escolar do Campus e do Colégio Militarizado Estadual Professora Elza Breves e, também os representantes das organizações indígenas que desejarem participar. O resultado esperado desta ação extensionista é uma reflexão sobre esse problema gravíssimo que afeta nossos/as estudantes e indígenas de nossa comunidade escolar e do entorno do Campus. Estimular um ambiente de respeito e convivência entre todos e todas que pertencem a sociedade roraimense também é uma possibilidade que podemos desenvolver em nosso ambiente escolar. 
AXÉ KITANDA: feira cultural de religiões de matrizes africanas Este projeto tem como objetivo organizar feira cultural para exposição de saberes, práticas, estéticas e poéticas das populações tradicionais dos cultos e religiões de matrizes e motrizes africanas em Boa Vista, Roraima, como ação extensionista de promoção da compreensão e da apreciação das tradições dessas religiões, nas instalações do Campus Boa Vista Zona Oeste (CBVZO) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR). Sua realização justifica-se  pela contribuição que pode legar à disseminação e divulgação das crenças, das práticas e das culturas associadas a essas religiões e a promoção do respeito com as comunidades que a praticam como prática antirracista. Para tanto, serão aplicados procedimentos de sistematização de experiência em oito etapas de organização da feira junto às lideranças e membros de casas religiosas. Espera-se com sua realização a promoção da formação extensionista voltada ao respeito à diversidade e ao combate do racismo articulada a ações e instrumentos de comunicação orientados à promoção da aplicabilidade da Lei 10.639/2003 e da integração dos estudantes com a comunidade, assim como o fortalecimento da contextualização das atividades institucionais como um produto para interface com a comunidade, da educação inclusiva e equitativa e de qualidade, com garantia de aquisição de conhecimentos e habilidades necessárias à promoção dos direitos humanos, da cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável, e da proteção e salvaguarda ao patrimônio cultural de matriz africana em Roraima. Amarildo Ferreira Junior CBVZO Em execução 2024-04-08T00:00:00 2024-06-28T00:00:00 Na religião Iorubá, a palavra AXÉ (àṣẹ) significa "energia", "poder" ou "força" e se refere aos assentamentos dos Orixás (divindades iorubás relacionados intimamente com a Natureza) e à força sagrada que sustenta os terreiros de candomblé e que se revigora com os sacríficios e oferendas de seus membros, refletindo uma filosofia que evidencia a realização e o compartilhamento dessa força sagrada na feitura e nas relações entre os diferentes seres (humanos, extra-humanos, vegetais, minerais, entre outros) que compartilham o Orum (mundo espiritual) e o Aiê (mundo material). Por sua vez, o termo KITANDA significa "feira" em Kimbundu, idioma africano dos povos do Ndongo e da Matamba, atuais terras de Angola, e falado nos candomblés banto.O projeto AXÉ KITANDA: feira cultural de religiões de matrizes africanas ressalta, desde seu título, sua proposição de promoção da compreensão e da apreciação das tradições dessas religiões por meio da realização de atividades de exposição e evocação dos saberes, práticas, estéticas e poéticas das populações tradicionais dos cultos e religiões de matrizes e motrizes africanas (LIGIÉRO, 2011) de Roraima nas instalações do Campus Boa Vista Zona Oeste (CBVZO) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR).Embora o Brasil seja caracterizado por um diversidade étnico-racial e cultural e algumas conquistas obtidas na história recente do país por meio das lutas de diferentes movimentos sociais tenham reconhecido a necessidade de garantir o debate crítico sobre a educação em direitos humanos face às relações sociais de gênero, sexuais e étnico-raciais , como, por exemplo, a Lei das Cotas (Lei n.º 12.711, de 29 de agosto de 2012) e a obrigatoriedade do ensino obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Lei n.º 10.639, de 9 de janeiro de 2003 e Lei n.º 11.645, de 10 março de 2008), a concretização dessa agenda tem sofrido intenso assédio por posições reacionárias e recrudescimento do racismo e de sua vertente religiosa.Trabalhos que se dedicaram a realizar o mapeamento das casas de matriz afrorreligiosa em Roraima mediante a identificação de seus locais e de suas lideranças têm indicado a presença de mais de duas dezenas dessas espaços que congregam praticantes e simpatizantes dessas religiões (OLIVEIRA, 2021; OLIVEIRA et al, 2020). Ainda assim, Roraima tem passado por um crescimento do registro de casos de intolerância e racismo religioso, com relatos de ataques a terreiros, agressões e lesões corporais, e hostilização de praticantes dessas religiões, inclusive em ambiente escolar (LEVY, 2022; G1 RR, 2022a; 2022b).Diante disso, este projeto se demonstra importante pela promoção que pretende fazer de uma compreensão mais profunda dessas culturas mediante a exposição de processos de produção e sistematização de saberes e conhecimentos históricos por sujeitos ligados às religiões de matriz africana em Boa Vista durante sua execução em formato de feira cultural.O projeto AXÉ KITANDA irá realizar práticas extensionistas de disseminação e divulgação das crenças, das práticas e das culturas associadas a essas religiões e a promoção do respeito com as comunidades que a praticam e que, por muitas vezes, sofrem discriminação em virtude de divulgações sensacionalistas em relação a essas religiões e dos diferentes obstáculos para conhecimento delas mesmo quando há interesse, uma vez que, conforme relatam os próprios líderes religiosos, há um amplo conjunto de interdições ao seu acesso a espaços públicos para expressão de sua religiosidade e de educação em relação às suas dimensões.Serão beneficiários do projeto três grupos principais: Grupos Comunitários, formado por membros de casas de religiões de matriz africana; Público Interno do IFRR, formado por professores, técnicos, estudantes e demais colaboradores; e Público da Comunidade Externa. Assim, enquanto os membros das cadas religiosas serão parceiros na execução do projeto na condição de expositores da feira cultural e na realização de apresentações, o público interno e o público externo participaração como visitantes da feira, recebendo informações acerca dos materiais expostos. Ademais, todos os grupos irão participar da avaliação da execução do projeto a partir da aplicação de formulário específico.Dessa forma, este projeto se justifica, pois, por meio da sua execução proporcionará aos seus participantes ferramentas críticas para desconstruir preconceitos e estereótipos em relação a essas religiões e ensejará discussão acerca de formas de promoção do respeito à diversidade e de efetivação de instrumentos para uma educação antirracista, contribuindo à construção de uma sociedade mais justa e igualitária.Por fim, ao abordar as religiões de matriz africana de forma transversal e interdisciplinar, a ação proposta também promove a reflexão crítica, a vivência prática e a construção do conhecimento de maneira contextualizada e significativa, com efeitos práticos alinhados aos seguintes Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS):Objetivo 4. Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas e todos, em especial no seguinte item:- 4.7 Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável.Objetivo 10. Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles, em especial:- 10.2 Até 2030, empoderar e promover a inclusão social, econômica e política de todos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça, etnia, origem, religião, condição econômica ou outra.Objetivo 11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis, com destaque para:- 11.4 Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo.Objetivo 16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis, especialmente:- 16.b Promover e fazer cumprir leis e políticas não discriminatórias para o desenvolvimento sustentável.
AUTISMO - GRUPO DE APOIO: CUIDANDO DE QUEM CUIDA O diagnóstico de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode trazer desafios físicos e emocionais para a família, devido às demandas que o transtorno impõe. Com o intuito de oferecer suporte, o projeto visa realizar atividades de apoio coletivo para pais e familiares de crianças e adolescentes com TEA, incluindo momentos recreativos e esportivos durante os encontros. Serão realizadas rodas de conversa e formação de grupo de Ajuda Mútua chamado "Cuidando de Quem Cuida", além de eventos com profissionais qualificados para esclarecer dúvidas e promover reflexões entre o período de 08 de abril e 28 de junho de 2024. Também serão oferecidas atividades recreativas e esportivas para as crianças e adolescentes autistas, incentivando a troca de experiências e a partilha de sentimentos. O grupo de apoio busca proporcionar um espaço seguro para os pais compartilharem suas vivências e receberem suporte emocional. Palavras-chave: Família. Transtorno do Espectro do Autismo. Programa de Apoio. Inclusão.  Alizane Ramalho de Sousa Aniceto CBV Em execução 2024-04-08T00:00:00 2024-06-28T00:00:00 O projeto AUTISMO - Grupo de apoio: cuidando de quem cuida tem como objetivo principal promover o apoio e suporte necessário para os cuidadores de pessoas com autismo, visando proporcionar um espaço de troca de experiências, informações e orientações que contribuam para o bem-estar e qualidade de vida desses familiares.A problematização que fundamenta a proposta é a sobrecarga emocional, física e psicológica enfrentada pelos cuidadores de pessoas com autismo, que muitas vezes se veem sozinhos e desamparados diante dos desafios diários que envolvem o cuidado e acompanhamento de seus familiares. Essa situação resulta em um impacto significativo na saúde mental e física dessas pessoas, que muitas vezes se sentem exaustas e desamparadas.A realização do projeto modificará essa situação ao proporcionar um espaço de acolhimento e apoio mútuo para os cuidadores, possibilitando a troca de experiências e estratégias de enfrentamento, o acesso a informações e orientações sobre o autismo e seus cuidados, bem como o desenvolvimento de atividades terapêuticas e de cuidado pessoal para promover o bem-estar e qualidade de vida dessas famílias. Os beneficiários diretos do projeto são os cuidadores de pessoas com autismo, que terão acesso a um espaço de acolhimento e suporte emocional, além de informações e orientações importantes para o cuidado de seus familiares. Já os beneficiários indiretos são as pessoas com autismo, que serão beneficiadas com um ambiente familiar mais acolhedor e equilibrado, proporcionado pelo apoio oferecido aos seus cuidadores.A importância do projeto para a sociedade está na promoção do bem-estar e qualidade de vida de famílias que lidam diariamente com o autismo, contribuindo para a redução da sobrecarga emocional e favorecendo um ambiente mais saudável e equilibrado para o desenvolvimento e inclusão social dessas pessoas.O impacto acadêmico na formação dos estudantes envolvidos no projeto, sejam bolsistas ou voluntários, está na oportunidade de vivenciar na prática a importância do acolhimento e do cuidado com a saúde mental e emocional das pessoas, desenvolvendo habilidades de escuta, empatia e solidariedade, além de adquirir conhecimentos sobre o autismo e suas necessidades específicas.A viabilidade de operacionalização e execução do projeto se dá pela articulação com profissionais da área da saúde, psicologia e assistência social, que poderão contribuir com orientações e atividades terapêuticas para os cuidadores. Além disso, a busca por parcerias com instituições e organizações que atuam na área do autismo poderá garantir o apoio necessário para a realização das atividades propostas.Diante do exposto, a realização do projeto AUTISMO - Grupo de apoio: cuidando de quem cuida se apresenta como uma iniciativa fundamental para promover o bem-estar e qualidade de vida de famílias que lidam com o autismo, contribuindo para a inclusão e o desenvolvimento saudável dessas pessoas em nossa sociedade.  
AUTISMO - Grupo de apoio: cuidando de quem cuida O diagnóstico de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode gerar no núcleo familiar problemas físicos e psicológicos devido às exigências que o transtorno acarreta. O projeto tem como objetivo geral realizar atividades de apoio coletivo para os pais e familiares de crianças e adolescentes com TEA e proporcionar atividades recreativas e esportivas durante estes encontros. Para isso, serão realizadas atividades como rodas de conversa com formação de grupo de Ajuda Mútua denominado "Cuidando de Quem Cuida" e eventos comemorativos para as famílias e com profissionais qualificados que possibilitarão esclarecimentos de dúvidas e reflexões no período de março a dezembro de 2024. Além disso, nestes momentos, serão proporcionadas atividades recreativas e esportivas com as crianças autistas. Espera-se que sejam incentivados momentos para relatar e compartilhar as experiências relativas ao autismo. O grupo de apoio terá o intuito promover um espaço onde os pais possam compartilhar seus sentimentos e receber um suporte emocional.  Palavras-chave: Família. Transtorno do Espectro do Autismo. Programa de Apoio. Inclusão Escolar. Cristiane Pereira de Oliveira CBV Em execução 2024-03-20T00:00:00 2025-02-10T00:00:00 A epidemiologia deste transtorno mostra que no Brasil, em uma pesquisa recente, a margem de acometimento pelo autismo é de 27,2 casos para cada 10.000 habitantes (PEREIRA et al, 2021).Ao receber o diagnóstico de uma criança com TEA provoca nos familiares um ajustamento e reorganização nos papéis e situações de vida frente à nova realidade, a qual oscila em momentos de angústia, aceitação, rejeição e esperança, fase conhecida como processo do luto. Portanto, o projeto surgiu a partir de um grupo de whatsApp de pais e familiares que compartilham estes sentimentos durante a descoberta e na procura por profissionais que atendam as especialidades sugeridas pelo médico.Como professora de estudantes autistas e mãe de uma criança com TEA, o projeto permitirá auxiliar nas dificuldades pessoais e profissionais, trazendo à tona aspectos fundamentais de como trabalhá-las a partir das concepções dos demais e de profissionais que serão palestrantes, além de colaborar para qualidade de vida para as crianças.Com o trabalho proposto, é de suma importância para a comunidade, uma vez que proporciona um suporte adequado às famílias de crianças autistas. Tal suporte se faz necessário para um acompanhamento efetivo do desenvolvimento do transtorno, o qual afeta diferentes facetas da vida do indivíduo e de sua família. 
AUTISMO - Grupo de apoio: cuidando de quem cuida O diagnóstico de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode gerar no núcleo familiar problemas físicos e psicológicos devido às exigências que o transtorno acarreta. O projeto tem como objetivo geral realizar atividades de apoio coletivo para os pais e familiares de crianças e adolescentes com TEA e proporcionar atividades recreativas e esportivas durante estes encontros. Para isso, serão realizadas atividades como rodas de conversa com formação de grupo de Ajuda Mútua denominado "Cuidando de Quem Cuida" e eventos comemorativos para as famílias e com profissionais qualificados que possibilitarão esclarecimentos de dúvidas e reflexões no período de março a dezembro de 2023. Além disso, nestes momentos, serão proporcionadas atividades recreativas e esportivas com as crianças autistas. Espera-se que sejam incentivados momentos para relatar e compartilhar as experiências relativas ao autismo. O grupo de apoio terá o intuito promover um espaço onde os pais possam compartilhar seus sentimentos e receber um suporte emocional.  Palavras-chave: Família. Transtorno do Espectro do Autismo. Programa de Apoio. Inclusão Escolar. Cristiane Pereira de Oliveira CBV Em execução 2023-05-02T00:00:00 2023-10-27T00:00:00 A epidemiologia deste transtorno mostra que no Brasil, em uma pesquisa recente, a margem de acometimento pelo autismo é de 27,2 casos para cada 10.000 habitantes (PEREIRA et al, 2021).Ao receber o diagnóstico de uma criança com TEA provoca nos familiares um ajustamento e reorganização nos papéis e situações de vida frente à nova realidade, a qual oscila em momentos de angústia, aceitação, rejeição e esperança, fase conhecida como processo do luto. Portanto, o projeto surgiu a partir de um grupo de whatsApp de pais e familiares que compartilham estes sentimentos durante a descoberta e na procura por profissionais que atendam as especialidades sugeridas pelo médico.Como professora de estudantes autistas e mãe de uma criança com TEA, o projeto permitirá auxiliar nas dificuldades pessoais e profissionais, trazendo à tona aspectos fundamentais de como trabalhá-las a partir das concepções dos demais e de profissionais que serão palestrantes, além de colaborar para qualidade de vida para as crianças.Com o trabalho proposto, é de suma importância para a comunidade, uma vez que proporciona um suporte adequado às famílias de crianças autistas. Tal suporte se faz necessário para um acompanhamento efetivo do desenvolvimento do transtorno, o qual afeta diferentes facetas da vida do indivíduo e de sua família. 
Alternativas para a segurança alimentar e nutricional das famílias de Bonfim Em 25 de agosto de 2010, foi instituída a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) com o objetivo geral de promover a segurança alimentar e nutricional, na forma do art. 3º da Lei nº 11.346/2006 (Brasil, 2006), bem como assegurar o direito humano à alimentação adequada (DHAA) em todo território brasileiro. A PNSAN tem como umas de suas diretrizes a promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudável, com prioridade para as famílias e pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e a promoção do abastecimento e estruturação de sistemas sustentáveis e descentralizados, de base agroecológica, de produção, extração, processamento e distribuição de alimentos.Nesse contexto da promoção ampla de segurança alimentar e nutricional (SAN) e associado a fatores de risco crescentes, nota-se que, atualmente, o acesso ao alimento vem gradativamente se distanciando da lógica da qualidade e entrando na lógica de mercado. Consideram-se como pressupostos em SAN e em sua promoção que determinantes sociais afetam o modo como as pessoas se alimentam, os meios pelos quais acessam os alimentos e quais alimentos acessam (Giordani et al., 2017). Dessa forma, a proposição de alternativas e a busca constante de garantias de acesso a alimentos de qualidade e em quantidades suficientes para a população devem ser um dever do Estado de forma a promover ações voltadas para esse fim.Em algumas comunidades, devido a dificuldades financeiras agudas e a mudanças nos hábitos alimentares, o baixo consumo de hortaliças constitui-se em um problema de segurança alimentar e nutricional. As despesas alimentares consomem grande parte da renda das famílias pobres das cidades e, por isso, elas buscam constantemente alternativas que reduzam estes gastos e garanta a segurança alimentar (DRECHSEL et al., 1999).Dessa forma, as espécies não-convencionais (PANCs) desempenham papel crucial na segurança alimentar, geração de renda para o agricultor familiar. Elas têm papel importante na redução da pobreza rural com base no desenvolvimento advindo dos recursos locais. No entanto, no mundo globalizado, tais espécies são ainda subutilizadas, mas que apresentam potencial para beneficiar a população em geral, visto que proporcionam dietas balanceadas, rentabilidade diversificada, melhor preservação dos agroecossistemas e maior uso de terras marginais juntamente com a preservação da identidade cultural (Padulosi et al., 2002; IPGRI, 2006).As hortaliças não-convencionais são plantas alimentícias, muitas vezes denominadas “daninhas” ou “inços”, pois crescem entre as plantas cultivadas, porém, são espécies com grande importância ecológica e econômica. Muitas destas espécies, por exemplo, são alimentícias, mesmo que atualmente em desuso pela maior parte da população. O mesmo é válido para plantas silvestres, genericamente chamadas de “mato” ou “planta do mato” que, no entanto, são recursos genéticos com usos potenciais inexplorados (KINUPP; BARROS, 2007).A diversidade de espécies da flora com potencial alimentício no mundo ainda é desconhecida. Kinupp e Barros (2004), em trabalho preliminar, levantaram aproximadamente 2.000 espécies vegetais não convencionais potencialmente comestíveis no Brasil. No entanto, apesar da grande diversidade de espécies vegetais com potencial alimentício existentes na natureza, atualmente, pequena parcela destas é utilizada (MMA, 2011).        Mudanças nos sistemas de produção agrícola, visando preferencialmente mercados especializados, têm acarretado na especialização de culturas e, consequentemente, na redução da diversidade de produção de alimentos e dos recursos fitogenéticos (FREITAS e MEDEIROS, 2008; BALSAN, 2006).Diversos recursos alimentares, que fizeram parte da dieta da população ao longo do tempo, hoje são subutilizados devido a mudanças de hábitos alimentares e, ou a baixa disponibilidade (MAPA, 2010). Estes fatores são agravantes, uma vez que podem interferir diretamente na dieta da população, com redução da diversificação alimentar e aporte de nutrientes. No entanto, muitos destes recursos estão disponíveis e podem se constituir em ferramenta importante às populações que se encontram em situação de risco alimentar e nutricional.A intensa expansão do modelo de produção agropecuário para novas áreas da zona rural prejudicou muitas comunidades tradicionais (GIRALDI, 2012). Hábitos alimentares de nossos antepassados estão se perdendo devido à progressiva incorporação de produtos alimentícios industrializados, típicos de países desenvolvidos; sofrendo influências da mídia e dos interesses econômicos e corporativos, levando boa parte das pessoas a optar pela especialização ao invés da diversificação alimentar (KINUPP, 2007; BLEIL, 1998). A simplificação da dieta pode ser também influenciada pelo abandono da agricultura de subsistência, caracterizada pela diversificação de culturas, com o objetivo de manutenção pessoal e familiar, gerando o que Balem e Silveira (2005) denominam de erosão cultural alimentar. Esta pode ser definida como a perda gradativa da alimentação variada (mais complexa nutricionalmente) e alicerçada na especialização de culturas, com o emprego do monocultivo, e adoção de práticas e hábitos alimentares urbanos.      Portanto, ações que visem a incentivar o consumo de hortaliças e, particularmente, de variedades locais são importantes para a diversidade e riqueza da dieta das populações e perpetuação de bons hábitos alimentares. Ainda, há que se ressaltar a valorização do patrimônio sócio-cultural do povo brasileiro. A cultura é o maior patrimônio de qualquer civilização e a alimentação com seus pratos típicos e hábitos alimentares saudáveis é fundamental para a perpetuação das relações culturais existentes nas diversas regiões. Marina Keiko Welter CAB Em execução 2022-09-01T00:00:00 2022-12-01T00:00:00 A utilização de alimentos alternativos para o combate à fome na população de baixa renda é assunto que tem recebido atenção no Brasil nos últimos anos, especialmente em razão do drama crescente da população carente. Atualmente, vivemos um período de transição nutricional que se caracteriza por mudanças seculares em padrões nutricionais que resultam de modificações na estrutura da dieta dos indivíduos e que se correlaciona com mudanças econômicas, sociais, demográficas e relacionadas à saúde. Tal transição converge para uma dieta rica em gorduras (particularmente as de origem animal), açúcar e alimentos refinados e reduzida em carboidratos complexos e fibras, consequentemente, em hortaliças e frutas.    Para estimular o consumo de hortaliças e frutas, e, possivelmente, reverter o quadro desencadeado pela transição nutricional, poderiam ser utilizados os alimentos não convencionais ou regionais. Porém, estudos sobre seu manejo ainda são escassos.A preservação das espécies vegetais comestíveis é chave para o abastecimento da alimentação, especialmente para populações de baixa renda e com menos terra. Em numerosas comunidades de agricultura ou suburbanas o uso de plantas silvestres está sendo abandonada. Fatores sócio-ecológicos contribuem para o abandono dos recursos naturais. Destaca-se o fato dos hábitos alimentares, em sociedades urbanizadas, estarem sendo modificado atualmente devido à forte propaganda veiculada na mídia, principalmente na televisão, o produto de origem natural não tem grande aceitabilidade, sendo tidos como “coisas do passado” e de pessoas carentes (CARNEIRO, 2004).As hortaliças não-convencionais (PANCs), devido ao seu baixo custo, fácil disponibilidade e valor nutritivo, podem ser uma alternativa para a melhoria do conteúdo de alguns micronutrientes na dieta de pessoas de pouco poder aquisitivo, substituindo alimentos de alto custo e, talvez, menor disponibilidade. Tais pessoas não desfrutam do conhecimento a respeito destas fontes de nutrientes, sendo necessários trabalhos de conscientização dessas populações sobre os benefícios do uso desses alimentos como alternativa de consumo.Existem hoje, pessoas que vivem no meio rural e não tem conhecimento prático em relação às plantas que poderiam ser aproveitadas na alimentação. Muitas pessoas que ainda possuem algum conhecimento do que pode ser utilizado como fonte adicional na alimentação parece envergonha de plantar e colher as plantas em seus quintais, em outros terrenos como sítios e outras áreas limítrofes não poluídas ou devem achar que estão regredindo a pré- história, muitos não utiliza essas fontes alimentícias. Estudos mostram que essa falta de interesse pelo uso de alimentos naturais é a falta de informação e pesquisas do que pode ser preparado com os alimentos silvestres e o seu modo de preparo (ISOBE et al., 2007).A presente proposta é fundamental, pois permitirá o acesso a informações sobre uma alimentação de qualidade, em quantidade suficiente e o estímulo ao consumo de alimentos regionais (PANCs), premissas garantidas pela Lei Orgânica da Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) e reforçadas na Estratégia Global em Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde da Organização Mundial da Saúde.
Mecanização Agrícola para fortalecimento da agricultura familiar e comunitária no Município de Amajari O preparo da área de cultivo através da gradagem através da melhoria das características físicas (compactação, adensamento e encharcamento), químicas (incorporação do calcário) e biológicos (controle de pragas, controle de plantas espontâneas)  é uma estratégia para favorecer a brotação e germinação, o crescimento radicular e o estabelecimento das culturas. Além das características do solo, a mecanização agrícola na agricultura familiar apresenta como vantagens economia de tempo e recursos, aumento da produtividade, qualidade e diminuição das falhas. O objetivo do Projeto é apoiar as iniciativas de agricultores familiares, através do preparo do solo (gradagem), potencializando a produção agrícola das culturas voltadas para o autoconsumo milho, feijão e mandioca e hortaliças. Edivania de Oliveira Santana CAM Em execução 2022-03-31T00:00:00 2022-12-16T00:00:00 A importância da mecanização nas propriedades agrícolas já é senso comum entre a maioria dos produtores rurais já que os implementos, de maneira geral, trazem muitos benefícios para todo o processo que envolve a produção. Porém, o acesso a máquinas agrícolas, como tratores e implementos, é ainda restrito por conta do alto custo, seja para locação como também, para a compra e ou manutenção. Diante ao exposto a parceria entre produtores e instituição visa disponibilizar o serviço de mecanização, reduzindo os custos e aumentando a eficiência produtiva dos produtores.