Projetos de Extensão

Título Resumo Coordenador Unidade Situação Início do projeto Fim do projeto Justificativa
PROJETO DE EXTENSÃO - KITS PARA ACESSO À ÁGUA PARA COMUNIDADES ISOLADAS EM PARCERIA COM O DSEI/LRR - FOCO NO ESTADO DE RORAIMA O presente projeto, busca desenvolver um conjunto de 100 a 120 kits de filtragem de água, com a utilização de impressão 3D, para a impressão de adaptadores que são acoplados em velas (elemento filtrante) e embalagens PET usadas e higienizadas, de modo a funcionar semelhantemente aos tradicionais filtros de barro, para que populações indígenas isoladas, no Estado de Roraima possam ter acesso à água potável de qualidade, na busca da melhoria de vida através da diminuição e prevenção de doenças provenientes de água de baixa qualidade. Essas comunidades são atendidas pelo DSEI/LRR, e em parceria com o IFRR, irá realizar a logística para entrega e treinamento para a utilização do kit. O projeto aqui apresentado, traz uma série de ganhos com a parceria institucional, acesso à água de qualidade para as comunidades e possibilidades de futuros projetos em parceria, além da visibilidade para o IFRR, assim como, para o atendimento de sua missão em contribuir com a melhoria da qualidade de vida das pessoas e do desenvolvimento local. O projeto utilizará metodologias de desenvolvimento de produtos, focado na criação em conjunto, análises de etapas e feedback com pontos positivos e de melhorias. Vagner Basqueroto Martins CBVZO Não selecionado 2024-10-07T00:00:00 2024-12-20T00:00:00  O acesso à água, é algo essencial para a vida humana, porém, quando ela não é de boa qualidade, pode comprometer a qualidade de vida das pessoas, e ser prejudicial. Contribuindo para o surgimento de doenças e uma série de problemas interligados dessa situação.Tal problema, pode ser encontrado com mais frequência em comunidades isoladas, seja por questões sociais, culturais, econômicas, ou ainda por desastres naturais, ou tecnológicos. O que torna a vida das pessoas que vivem nessas condições, algo mais difícil e complexo, tendo em vista que a partir da aquisição de doenças provenientes do consumo de água de baixa qualidade, ou mesmo contaminadas, passam a ter menos energia, disposição e enfrentam males físicos etc.Dessa forma, a partir do uso de tecnologias simples e eficazes, é possível trazer uma melhor qualidade de vida para pessoas que vivem em comunidades isoladas, com a fabricação, montagem e envio de kits de filtragem de água, com a utilização de equipamentos de impressão 3D.A partir desse olhar, para comunidades isoladas e ações já existentes, o presente projeto, busca beneficiar tais comunidades que estejam situadas no Estado de Roraima, que pertence à Região Norte do Brasil, que possui uma alta incidência de povos indígenas, que são em grande parte, atendidos por instituições e Órgãos dos Governos Federal, Estadual e Municipal em uma série de demandas existentes. Dentre essas demandas, se encontra a do acesso à água potável.Um dos agentes governamentais que coordena esse tipo de ação em Roraima, é o Distrito Sanitário Especial Indígena Leste de Roraima (DSEI), e mais especificamente, a equipe do SESANI, que coordena e promove ações de acesso à água de boa qualidade para comunidades indígenas, dentre elas, as isoladas.Assim, ao verificar a similaridade com um projeto voluntário desenvolvido anteriormente no Campus Boa Vista Zona Oeste, onde foram desenvolvidos kits para filtragem de água que posteriormente foram enviados para pessoas que foram afetadas pela tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul, com as fortes e prolongadas chuvas que ocasionaram inundações e destruição em 85% das cidades do Estado, trazendo prejuízos de todas as ordens, assim como, o isolamento e dificuldade de acesso à água de qualidade para o consumo humano. Foi feito um contato preliminar com o DSEI Leste Roraima (reunião ocorrida em 29/07/2024), com o objetivo de utilizar a mesma técnica, ferramentas e metodologias, para a produção de kits que possam ser utilizados por comunidades indígenas isoladas do Estado de Roraima.Outro ponto importante que justifica o projeto, e sua adaptação para a realidade de Roraima, é como foi colocado por um funcionário do DSEI: “que soluções simples e de fácil operacionalidade, são mais eficazes e alcançam resultados mais interessantes”.Uma das principais causas de doenças nessas comunidades, é a dificuldade de acesso à água de qualidade, o que com a utilização dos kits, servindo como ação complementar aos projetos já existentes do próprio DSEI, como por exemplo, a instalação de filtros modelo SALTA-Z, dentre outros, assim como o envio de filtros de barro caseiros.Inclusive, os kits propostos no presente projeto, possuem um funcionamento similar aos filtros de barro, porém, com a vantagem de serem mais leves e ocuparem um volume menor, o que traz ganhos expressivos de logística e conservação dos produtos correndo menos riscos de se quebrarem no transporte, o que ocorre com facilidade com os filtros de barro, segundo relato dos funcionários do SESANI.E a partir do exposto, é interessante notar a importância do projeto, no atendimento à comunidade, à formação dos/as estudantes, assim como, dos servidores de maneira geral e do IFRR. Uma vez que ao firmar uma parceria desse tipo, é possível realizar a integração entre ensino, pesquisa e extensão de maneira prática e ativa, com atuação presente da instituição até a comunidade em ambos os sentidos, criando um processo de retroalimentação e desenvolvimento continuado. Já quanto a viabilidade do projeto, o presente projeto é totalmente exequível, tendo em vista que essa produção, testes, montagem de kits e envio dos mesmo já foi realizada em menor escala do que está programada para essa proposta atual.No projeto anterior, foram produzidos 32 kits de filtragem de água, com recursos próprios e voluntários, para a operacionalização e aquisição de insumos, assim como, para o envio e destinação final. Contando com a participação de dois servidores do Campus Boa Vista Zona Oeste, e um estudante voluntário. Além da parceria com o Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSUL - RS) para a destinação para as pessoas com necessidade.Portanto, com a possibilidade de um aporte financeiro mais robusto, de acordo com os cálculos que serão apresentados em detalhes posteriormente, estima se que seja possível realizar a produção de 100 a 120 kits, de acordo com a quantidade de material que seja necessário para a impressão 3D, assim como, dos custos relativos à aquisição dos insumos e peças dos kits.
Seleção de características fenotípicas de galinhas caipiras de pequenos produtores como ferramenta para o melhoramento genético das aves do plantel experimental do campus Amajari O Instituto Federal de Roraima, campus Amajari, tem trabalhado de forma promissora na implementação de uma criação experimental de aves caipiras, tendo como foco a perspectiva de bem estar animal. Diante disso, a presente iniciativa busca estimular o fortalecimento dessa boa prática ao propor ações que visem o melhoramento de linhagens geneticamente superiores de aves caipiras criadas neste local. Esse projeto tem por objetivo promover a melhoria do plantel de galinhas caipiras do campus, por meio da seleção de material genético externo, oriundo das comunidades locais e de criadores especializados. Dessa forma, promovendo a integração de áreas distintas do conhecimento, mobilizando diferentes competências para o desenvolvimento de ações nos arranjos locais. Espera-se que com a realização desse trabalho haja contribuição para o melhoramento genético das características fenotípicas por meio da inclusão de animais selecionados ao plantel experimental do campus. Esse projeto favorecerá o estabelecimento de vínculo entre o IFRR e outros setores da sociedade, fazendo com que as ações de extensão tenham um caráter transformador e promovam a autonomia das comunidades contempladas. Isael Colonna Ribeiro CAM Não selecionado 2024-10-07T00:00:00 2025-01-05T00:00:00 O campus Amajari, do Instituto Federal de Roraima, tem desenvolvido uma série de atividades práticas de manejo e bem estar animal destacando-se entre essas iniciativas a implantação de um plantel experimental de galinhas caipiras, criadas dentro de um sistema alternativo de criação. Esse modelo de criação alternativa é bem aceito pelo pequeno produtor não somente pela maior resistência das aves, pelos menores índices de mortalidade e boa produtividade de proteína animal, bem como por ser uma forma de agregar valor aos produtos gerados nas pequenas propriedades rurais. Além disso, este sistema de produção proporciona o envolvimento das mulheres e jovens no trato com as aves e necessita de pequenas áreas de terra para instalação das estruturas de criação, possibilitando aos criadores ocupação em outra atividade, diversificando as fontes de renda da família. Muitos produtores possuem em seus plantéis exemplares com genótipos superiores, no entanto, por falta de conhecimento e apoio especializado nem sempre a relevância genética desses exemplares é considerada e mantida dentro dos plantéis. Devido a isso, é importante a proposição de um programa de conservação e utilização desses recursos genéticos que garantam a integridade genética do plantel, associada ao aumento de genótipos superiores no rebanho, por meio da seleção e direcionamento de acasalamentos. Assim, é importante ter o conhecimento dos plantéis de aves dos criadores de galinhas caipiras da região, bem como é necessário orientá-los sobre a seleção de indivíduos geneticamente superiores em suas criações, como forma de melhorar os padrões de produtividade e resistência das aves.Nesse sentido, a seleção, a execução e a implementação desse projeto apresentam-se como uma boa alternativa para tornar a criação experimental de aves do campus Amajari uma referência na seleção e manutenção de aves geneticamente superiores a partir da aquisição de material genético oriundo das criações de produtores que vivem nas áreas do entorno do campus. Com isso, espera-se que os pequenos criadores possam ser apoiados por esse projeto visto que o mesmo se sustenta na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, uma vez que busca fortalecer a aplicação do conhecimento adquirido no ambiente escolar em uma perspectiva mais ampliada da prática pedagógica. Sendo capaz de promover maior visibilidade da instituição frente a comunidade externa, tendo estudantes e professores como sujeitos do ato de aprender e comprometidos com a democratização dos saberes, como forma de melhorar as condições de vida da sociedade que vive na área de influência das ações de extensão promovidas pelo Instituto Federal de Roraima, campus Amajari.
OFICINA DE INTRODUÇÃO A GEOGEBRA No contexto atual, a integração de tecnologias digitais no ensino tem se mostrado essencial para o desenvolvimento de metodologias para o ensino da Matemática. Entre essas tecnologias, destaca-se o GeoGebra, um software de matemática dinâmica que combina geometria, álgebra, cálculo, estatística e gráficos em uma única plataforma. Sua utilização não apenas facilita a visualização e compreensão de conceitos alguns  matemáticos, mas também estimula o interesse dos alunos através de uma abordagem interativa e prática.Visando contribuir a para formação dos futuros professores de licenciatura em matemática, bem como demais membros da comunidade acadêmica interessados em aprimorar suas habilidades no uso de ferramentas digitais no ensino, propomos o desenvolvimento de um curso de extensão focado no GeoGebra. Este projeto de extensão tem como objetivo capacitar os participantes na utilização das funcionalidades básicas do GeoGebra, promovendo uma metodologia diferenciada. Edilacy da Silva Sampaio CBV Não selecionado 2024-10-07T00:00:00 2024-12-27T00:00:00 A incorporação de tecnologias digitais no ensino de matemática é uma demanda crescente na educação contemporânea. Ferramentas como o GeoGebra oferecem recursos poderosos para a visualização e manipulação de conceitos matemáticos, tornando o aprendizado mais acessível e envolvente para os alunos. No entanto, a eficácia dessa integração depende diretamente da capacitação dos educadores em utilizar essas tecnologias de forma pedagógica e criativa.Com o avanço das tecnologias digitais, a educação brasileira vivencia-se um novo paradigma: como despertar o interesse dos alunos em sala de aula? Como usar as tecnologias digitais para melhorar o ensino da matemática? Com isso, tem-se a necessidade de preparar os futuros professores do curso de licenciatura em matemática a desenvolverem a habilidade com o GeoGebra. O GeoGebra, por sua versatilidade e abrangência, se destaca como uma ferramenta essencial nesse processo. Ele permite a exploração interativa de tópicos variados, desde a geometria plana até o cálculo avançado, oferecendo um ambiente de aprendizado que combina teoria e prática de maneira eficaz.Além disso, a utilização do GeoGebra contribui para o desenvolvimento de habilidades essenciais no século XXI, como o pensamento crítico, a resolução de problemas e a alfabetização digital. Essas competências são fundamentais não apenas para o sucesso acadêmico dos alunos, mas também para sua inserção no mercado de trabalho e na sociedade contemporânea, cada vez mais mediada pela tecnologia.Portanto, este projeto de extensão justifica-se pela necessidade de aprimorar a formação dos futuros professores de matemática e demais membros da comunidade acadêmica, capacitando-os para utilizar o GeoGebra de maneira eficaz em suas práticas pedagógicas. Ao promover a integração dessa ferramenta nas salas de aula, buscamos não apenas melhorar o ensino de matemática, mas também inspirar uma nova geração de educadores que possam transformar o aprendizado através do uso inovador da tecnologia.
Museu de Biologia para as escolas: Impressão 3D como recurso didático A experiências em museus com intuito de realizar interações reais dos estudantes, com os conteúdos de Biologia, nem sempre é possível devido à falta de acesso a esses ambientes. Os recursos didáticos comprovadamente estabelecem experiencias significativas entre os estudantes e os conhecimentos de ecologia e biologia.  Além disso, a produção de matérias por impressão 3D tem crescido e constitui-se como um contexto interdisciplinar que proporciona transversalidade na educação ambiental. Dessa forma, esse projeto propõe a inserção de estudantes das Escolas públicas de Boa Vista, Roraima (RR), em interações práticas na forma de uma experiência em Museu de biologia que foi criado com modelos 3D no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR). Para as impressões, na fase de criação de modelos 3D, serão utilizados filamentos ABS e PLA, além de outros recursos disponíveis no laboratório de robótica do campus Boa Vista. Os modelos 3D construídos passarão por acabamento e organizados na forma de um museu de biologia no espaço do Laboratório de Biologia do IFRR. Posteriormente, ocorrerá a fase de divulgação e entrega das fichas de inscrição, seguido da validação das inscrições e entrega de cronograma. Por fim, os estudantes serão deslocados das escolas para o IFRR, na fase de aplicação da extensão, lá visualizarão e terão uma apresentação dos modelos 3D de diversos seres vivos. Por isso, espera-se executar uma ação extensionista educativa, por meio de uma experiência em museu, que gere experiências significativas entre os estudantes e os conhecimentos de biologia atrelados a conscientização ambiental. Marilia Medeiros Fernandes de Negreiros CBV Concluído 2024-10-07T00:00:00 2024-12-27T00:00:00 A biologia tem um papel extremamente importante na educação Brasileira. A sua trajetória se inicia a partir da década de 50 quando o ensino de biologia se tornou obrigatório a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Nesse mesmo momento também se ampliou a oferta de cursos de formação de professores para essa área específica (Krasilchik, 2004).Entretanto, apesar das mudanças existentes nas legislações o ensino de biologia na prática muitas vezes ainda ocorre de modo rudimentar, desatualizada e desmotivadora, por isso, a aprendizagem pode se tornar desestimuladora ao estudante. Essas críticas se referem ao ensino que constitui-se essencialmente de conteúdos teóricos e pautados no livro didático, cujos conteúdos costumam ser dissociados da vida prática do aluno. Além disso, as escolas, especialmente públicas, costumam dispor de poucos recursos alternativos que motivem e enriqueçam as aulas (Silva & Vallim, 2015). Esse problema se torna ainda maior quando o professor se depara com salas de aulas contendo alunos com diferentes necessidades educacionais especializadas já que esses diferentes alunos podem ter formas de aprendizagem diferentes (Werthein; Cunha, 2009). Para considerar esse cenário, Krasilchik (2004) defende um ensino com “diversidade de modalidades didáticas” com a justificativa de atender a diversidade de necessidades em sala de aula, além de incentivar o interesse individual dos alunos e estabelecer interação entre conhecimento–professor-aluno. Além disso, de acordo com Piaget (1970), é preciso, para alcançar um bom desempenho acadêmico, elaborar estratégias educacionais que atendam de forma inovadora e auxiliem na maneira de desenvolver estruturas cognitivas. Nesse sentido, a literatura aponta que para explicar e entender o mundo a sua volta, o ser humano utiliza modelos mentais, eu seja representações internas para compreender os fatos que o cercam. Assim, a modelização, ou seja, a criação ou visualização de materiais palpáveis é introduzida como instância mediadora entre o teórico e o empírico, tornando palpável, conteúdos abstratos e ocultos (Pietracola, 2001).Outra vantagem no uso de materiais de aprendizagem diversificados é que em muitas instituições não há observação prática acessível por meio do uso de laboratórios de microscopia que abordam conteúdos em escala molecular ou até mesmo a falta de recursos para a conservação de materiais biológicos de tamanho comum como é o caso de coleções botânicas ou coleções zoológicas oficiais, isso causa uma enorme lacuna na aprendizagem dos alunos. Um exemplo concreto da relevância desse contexto no Instituto Federal de Roraima (IFRR), instituição de ensino considerada referência em Boa Vista, é que o Relatório de Avaliação do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFRR elaborado pelo do Ministério da Educação (MEC), cita que: “No laboratório de biologia onde se trabalham as botânicas e zoologias, não existem coleções de animais e existem poucos exemplares de vegetais, mesmo estando em local onde a fauna e flora são muito ricos e diversificados” (MEC Avaliação do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do IFRR, 2018, Protocolo: 201617065).  Assim, a defasagens de coleções biológicas até pouco tempo alcançavam instituições de referências como o IFRR, que sá, as escolas estaduais públicas do estado. Alternativamente a utilização de materiais palpáveis que se assemelhem a coleções biológicas é de extrema relevância para o ensino de Biologia e em todas as modalidade de ensino, assim materiais confeccionado por uma instituição devem estar abertos para a exposição há outras escolas menos equipadas, e esse acesso pode ser intermediado por ações de extensão.Ademias, de acordo com Wommer (2013) coleções biológicas podem servir como estratégia para alcançar a Educação Ambiental em sala de aula. Nesse sentido, a efetivação dessa ação de extensão permitirá a o acesso de estudantes externos ao IFRR desenvolverem aprendizagens significativas em biologia, dessa forma, será possível desenvolver uma maior afinidade a respeito de questões ambientais e consequentemente proporcionar uma educação conscientizadora capaz de transformar a sociedade seguindo os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável números 4 (Educação de qualidade) e 15 (Vida sobre a terra).Queiroz e Silveira (2006) indicaram que as tecnologias inovadoras são extremamente importantes para assegurar o desenvolvimento sustentável. Em paralelo a isso, tecnologias inovadoras muitas vezes partem de situações problema pouco convencionais. De acordo com Fontanini, Carvalho & Fontanini (2005) a inovação se dá de várias formas, por exemplo, a inovação de processos ocorre quando se adotam métodos de produção novos ou significativamente melhorados. No contexto de inovação no estado de Roraima ainda pouco se utiliza produtos educacionais que auxiliem a aprendizagem por meio do estímulo visual sendo necessárias ações que as efetivem.Pietrocola (1999), destaca que o objetivo da ciência é encontrar explicação para fatos a partir daquilo que se percebe ou se supõe existir. Para algumas áreas da biologia as coleções biológicas são extremamente importantes para a compreensão pelos alunos. Esse é o caso do estudo da Botânica (Silveira, 2017; Tuler, 2022) e Zoologia (Sousa-Lopes, 2017; Carvalho, 2019) que muitas vezes necessitam de materiais práticos para observação de plantas e animais, respectivamente. Para se conhecer não só qualitativa, mas também quantitativamente, a relação ao uso de coleções biológicas e a aprendizagem, Mendonça, Guimarães & Sousa (2013) verificou que dos alunos que visitaram as coleções biológicas de instituições externas as que estudam, 90% afirmaram ter gostado da visita e 10 % não responderam. Dente as respostas 41%, teve um alto interesse pela Sala de Invertebrados e 13,79% pelo Herbário. Com relação ao aprendizado dos alunos em relação aos conteúdos o mesmo autor verificou que cerca de 42% dos alunos identificaram de alguma forma o nome dos organismos. Em paralelo a isso, com relação à criação de coleções didáticas, o processo de fabricação dos produtos tem sido o foco na sociedade contemporânea, conforme Rifkin (2016). Esse autor, afirma que a popularização da impressão 3D, trouxe o que é chamado por ele de Terceira Revolução Industrial, onde cada pessoa é capaz de ser potencialmente um fabricante de seus próprios produtos.O principal motivo para a popularização em massa das impressoras 3D, inclusive no contexto educacional, ocorreu após o compartilhamento de códigos-fonte em repositórios virtuais, tornando-as acessíveis ao público em geral. De acordo com Blikstein (2013) a grande queda dos preços contribuiu para que pequenos grupos pudessem desenvolver seus próprios modelos de impressoras 3D em poucos dias. Além disso, as impressoras 3D tem como grande diferencial, de acordo com Blikstein (2013), o desenvolvimento de objetos reais de alta qualidade, podendo serem usados para testes reais e funcionais.Nesse processo, o “pôr a mão na massa” proporcionado pelo uso de impressoras 3D está atrelado ao movimento maker e contribui para que os estudantes adotem posturas criativas e proativas, gerando um modelo mental que auxilia para a resolução de problemas cotidianos (Silveira, 2016). Dessa forma, a associação da impressora 3D garante que estudantes não apenas adquiram conhecimentos teóricos, mas apliquem para resolver problemas.Para ter-se uma ideia da importância dessa tecnologia pesquisadores estão utilizando a impressora para reproduzir cópias fiéis de fósseis de dinossauros, visando o estudo antropológico, de espécies extintas, e de historiadores, abrangendo a área das humanas. Nessa perspectiva, museus e espaços históricos são capazes de construir réplicas sofisticadas de seus materiais que são restritos aos visitantes, preservando assim os originais (Duarte, 2017).Dessa forma, o presente projeto forcar-se em ampliar o acesso a experiências em museu para estudantes externos ao IFRR, não ficando restrita a utilização somente por estudantes da rede, favorecendo aprendizagens mais significativas em Biologia e motivando estudantes das escolas pública de Boa Vista, RR. Além disso, não há que se deixar de mencionar o valor social que este projeto de extensão terá para melhoria da qualidade de ensino em biologia e para formação de estudantes, contribuindo para a formação, social, científica e tecnológica aliados a inovação.  
Amigos da Matemática: matemática básica para alunos com TDAH Este projeto visa criar e implementar estratégias educacionais específicas para alunos com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), visando melhorar seu desempenho na matemática básica aplica na química e promover seu bem-estar emocional. Fundamentado em uma base teórica sólida e em referências bibliográficas pertinentes, o projeto aborda as necessidades individuais desses alunos em ambientes escolares. O acompanhamento e avaliação do projeto serão realizados por meio de monitoramento contínuo do progresso na matemática básica  e comportamental dos alunos, juntamente com feedbacks regulares. Os resultados esperados incluem melhorias no desempenho acadêmico, redução de comportamentos desafiadores e aumento do engajamento dos alunos com TDAH nas atividades que envolve química e matemática .A disseminação dos resultados será realizada por meio de matérias , workshops e apresentações em escolas, visando compartilhar as melhores práticas e lições praticadas com os alunos do projeto. Dessa forma, este projeto não apenas beneficiará diretamente os alunos com TDAH e suas famílias, mas também contribuirá para o avanço do conhecimento e da prática no campo da educação inclusiva. Roberval Pereira do Nascimento CBV Não selecionado 2024-10-07T00:00:00 2024-12-27T00:00:00 Resumo Este projeto visa criar e implementar estratégias educacionais específicas para alunos com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), visando melhorar seu desempenho na matemática básica aplica na química e promover seu bem-estar emocional. Fundamentado em uma base teórica sólida e em referências bibliográficas pertinentes, o projeto aborda as necessidades individuais desses alunos em ambientes escolares.   O acompanhamento e avaliação do projeto serão realizados por meio de monitoramento contínuo do progresso na matemática básica  e comportamental dos alunos, juntamente com feedbacks regulares. Os resultados esperados incluem melhorias no desempenho acadêmico, redução de comportamentos desafiadores e aumento do engajamento dos alunos com TDAH nas atividades que envolve química e matemática . A disseminação dos resultados será realizada por meio de matérias , workshops e apresentações em escolas, visando compartilhar as melhores práticas e lições praticadas com os alunos do projeto. Dessa forma, este projeto não apenas beneficiará diretamente os alunos com TDAH e suas famílias, mas também contribuirá para o avanço do conhecimento e da prática no campo da educação inclusiva. Justificativa Os alunos com TDAH frequentemente enfrentam desafios únicos relacionados à atenção, impulsividade e hiperatividade, que podem afetar negativamente seu desempenho acadêmico e bem-estar emocional A educação é um direito fundamental de todos os alunos, independentemente de suas habilidades ou características individuais. No entanto, sabemos que os alunos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) enfrentam desafios únicos que podem impactar significativamente seu desempenho acadêmico e bem-estar emocional. Diante desse cenário, desenvolver projetos específicos para alunos com TDAH emerge como uma estratégia crucial para promover a inclusão e o sucesso acadêmico desses estudantes.
Implantação de secadores solares para produtores da agricultura familiar de São João da Baliza (RR) A agricultura familiar é um modelo de produção muito presente no município de São João da Baliza (RR), contudo ainda carece de práticas e tecnologias que diminuam a perda da produção e comercialização e agreguem valor aos produtos. Além disso, o clima equatorial da região amazônica dificulta a conservação de produtos com baixo processamento industrial, principalmente aqueles que já apresentam vida útil reduzida em função da sua perecibilidade, fazendo-se necessário a utilização de métodos de conservação para prolongar suas vidas úteis. Diante disso, este projeto tem como objetivo auxiliar o pequeno produtor rural, por meio do desenvolvimento de um sistema de desidratação, utilizando secadores solares, para maior aproveitamento dos produtos e redução das perdas no armazenamento, transporte e comercialização. Serão realizadas oficinas, onde os produtores irão aprender como construir um secador solar e como utilizá-lo, seguindo todas as normas de conservação de alimentos e as Boas Práticas de Fabricação (BPF). O acompanhamento do projeto será feito de forma presencial, sendo realizados levantamentos de como a produção dos alimentos desidratados estão ajudando os produtores após a implantação e otimização dos secadores e dos processos de secagem, armazenamento e comercialização. Espera-se com esse projeto que ocorra o aumento da renda dos agricultores familiares e que o uso do conhecimento teórico e prático possa transformar a realidade dos produtores rurais, diminuindo o prejuízo com alimentos que seriam perdidos devido a degradação acelerada pela umidade. A disseminação será realizada presencialmente nas feiras dos produtores rurais de São João da Baliza e região e por meio digital. Alexandre Lorini CNP Não selecionado 2024-10-07T00:00:00 2025-01-05T00:00:00 A perda de vegetais ultrapassa 30% da produção, ocorrendo durante o transporte, armazenamento e comercialização. Uma das causas dessas perdas está relacionada ao alto teor de água contido em alguns alimentos, além das altas umidade relativas e temperaturas de algumas regiões. Contudo, hoje existem diversos métodos de conservação de alimentos, sendo uma das técnicas mais utilizadas a conservação pela redução da umidade (desidratação) (Chitarra & Chitarra, 2005). Atualmente existem várias técnicas para realizar a desidratação, uma delas que requer baixa energia, custo, além de ser um método sustentável é a utilização de secadores solares, que utilizam a radiação solar para vaporização da água contida no material biológico (Bajoub et al., 2023). Entretanto, esse tema é pouco abordado na cidade de São João da Baliza, onde os pequenos produtores da agricultura familiar não sabem como prolongar a vida útil dos seus produtos. Diante dessa realidade, esse projeto se faz necessário, pois os discentes do Curso técnico Integrado ao Ensino Médio em Agroindústria possuem conhecimento para manipular alimentos e conservá-lo, e esse conhecimento foi obtido especificamente no componente curricular de Conservação de Alimentos (Componente Curricular do Módulo II). Tal projeto possibilita ao bolsista a aplicação dos conhecimentos teóricos obtidos na instituição na prática do seu dia a dia. Além disso, os produtores rurais vão ter a oportunidade de ter uma maior competitividade e mercado, conseguindo prolongar a vida de prateleira e consequentemente aumentar a renda por meio da melhoria da manipulação dos produtos que são vendidos na feira.
(Re)existência Feminina: A educação para superação da Violência O projeto "(RE)existência Feminina: A educação para superação da Violência" tem como objetivo fomentar diálogos e reflexões sobre desigualdades de gênero e violência contra mulheres, dirigindo-se a estudantes do ensino médio e superior no IFRR e em escolas estaduais de Boa Vista. A iniciativa visa revisar práticas diárias, identificar relações abusivas e desconstruir ideologias patriarcais através de oficinas interdisciplinares que integram teoria e prática. O projeto busca transformar a compreensão sobre gênero e violência, possibilitando no ambiente educacional ações que estimulem a formação de valores, respeito, a igualdade e a conscientização crítica sobre problemas sociais que atingem o público feminino independente da faixa etária. Joelma Fernandes de Oliveira CBV Não selecionado 2024-10-07T00:00:00 2024-12-27T00:00:00 Em Roraima, a violência de gênero é alarmante, com altas taxas de feminicídio e violência contra mulheres. Apesar da baixa densidade populacional do estado, os índices de violência contra meninas e mulheres são preocupantes, o que demanda uma abordagem educativa para enfrentar e reduzir esses problemas. A educação é vista como uma ferramenta essencial para promover mudanças culturais e sociais, combatendo a cultura patriarcal e promovendo a igualdade de gênero, a transformação social, como defendido por Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron.A violência contra mulheres no Brasil é um problema persistente e multifacetado, abrangendo violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, que atinge mulheres em diferentes fases da vida, desde a infância, perpassando pela idade adulta e até a terceira idade. Dados recentes mostram que, a cada 9 segundos, uma mulher é vítima de agressão física no Brasil, e a cada 11 minutos, uma mulher é estuprada. Em 2022, o Brasil ocupava o 5º lugar no ranking mundial de violência contra mulheres (Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 2023).No contexto de Roraima, as taxas de homicídios femininos são alarmantes. Entre 2020 e 2021, a taxa de homicídios femininos no estado era de 15,8 por 100 mil mulheres, quase o triplo da média nacional, que é de 5,1 por 100 mil mulheres (Atlas da Violência 2023).Diante dessa realidade, é urgente trazer a perspectiva de gênero para o ambiente escolar e refletir com estudantes e educadoras(es) sobre o fenômeno da violência de gênero e sobre os crimes de feminicídio. Além disso, é urgente problematizar a presença do sentimento de posse dos homens sobre as mulheres; de controle sobre o corpo, do desejo e da autonomia da mulher; da limitação para alcançar emancipação profissional, econômica, social ou intelectual; do tratamento da mulher como objeto sexual; e das manifestações de desprezo e ódio por sua condição de gênero (misoginia). Em suma, a escola assume lugar de destaque para enfrentar os obstáculos culturais que rodeiam o cotidiano de meninas e mulheres, de desconstruir a cultura patriarcal e de violência presente na sociedade.
Resenha pura: leituras e escritas sistemáticas para o aprofundamento da vida        A demanda de aprimoramento da leitura, escrita e interpretação é recorrentemente mencionada no senso comum e em pesquisas sobre a educação brasileira. Dessa forma, nos perguntamos o que tem lido os (as) jovens? Quais os temas que lhes têm interessado? De que forma têm lido? Em que medida são provocados (as) a ler e escrever? Há alguma rotina de leitura? O que os motiva a ler e escrever? É possível compartilharem seus saberes entre si, de forma que também contribuam na formação mútua?       O projeto "Resenha pura" será a partir da seleção de 30 jovens do sul de Roraima, na região que compreende os municípios de Caracaraí, Rorainópolis, São João da Baliza, São Luiz do Anauá e Caroebe, entre 15 a 25 anos, através do preenchimento de um formulário virtual,  para reuniões, via google meet, a fim de discutir, refletir e fichar algumas obras renomadas em formato digital, já indicadas no formulário da inscrição, para que possam construir resenhas críticas em até 5 páginas e enviar para a coordenação do projeto e concorram à premiação. Essa avaliação levará em consideração a qualidade textual, a presença, a assiduidade e a participação nas reuniões, para poderem escolher uma obra física de seu interesse em até 100 reais. Essa obra poderá ser resgatada no campus Novo Paraíso ou em circunstância que for viável a entrega para as duas partes, mediante registro da compra e da entrega em termo assinado pela pessoa ganhadora. Com isso, também haverá a construção e partilha de partes do trabalho em uma página de rede social virtual com o nome do projeto para continuarmos no incentivo da propagação de leitores e leitoras a partir de iniciativa do IFRR. Como desfecho do projeto, propomos como compromisso social e educacional a certificação de 60 horas. Desta forma, este projeto visa estimular de maneira dialógica, interpretativa, analítica e aprimorada a prática e o aprimoramento da leitura e da escrita como bases para formação estudantil em todos os níveis. Tudo isso, a fim de colaborar com a formação de estudantes através textos diversos para o encaminhamento a outros níveis educacionais, para a formação cidadã e para a leitura e compreensão das realidades sociais existentes.As obras para a resenhas são: "O perigo de uma história única", da autora Chimamanda Ngozi Adiche, "Olhos d’agua", de Conceição Evaristo, "O pequeno príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry e "Jaci a filha da lua", de Rosa Morena.   Marcela dos Santos Sa CNP Em execução 2024-10-07T00:00:00 2025-05-16T00:00:00 A importância de um projeto como este se dá de maneira basilar para qualquer nível e área de formação. Ele é fundamentado na partilha de conhecimentos após uma elaboração maior da prática da leitura e da escrita, sendo reconhecida e recompensada após a análise coletiva de um dado material bibliográfico. A demanda desse projeto se dá diante: -das formas de leituras mais instantâneas que se têm na atualidade, muitas vezes, afirmando ou negativando somente imagens e vídeos com informações sem fontes seguras, apenas com um clique;-da realidade roraimense com imigrações de vários lugares do país e da Venezuela. Com isso, saberes de diferentes lugares podem ser partilhados de forma agregadora combatendo barreiras preconceituosas como a xenofobia;-das leituras superficiais e até equivocadas que são feitas de muitos materiais clássicos dos saberes escolares e da cultura nacional contemporânea, bem como de reflexões sociais atuais.-dos dois anos de pandemia em que os estudantes ficaram, fisicamente, longe das escolas, além do estado de Roraima existir dificuldades com internet para o ensino e aprendizagem no modelo remoto, alguns estudantes somente fizeram atividades impressas entregues na escola. Enfim, demandas que dificultaram o andamento da aprendizagem escolar por meio de sociabilidades, escrita e leitura compartilhada.-de ser tratar de uma região com poucas oportunidades de encontros entre as cidades distintas e o campus Novo Paraíso ser uma instituição que possibilita essa agregação, ainda que seja virtual, pois muitos dos (as) estudantes egressos são dessas cidades.         Sendo assim, busca-se aumentar a possibilidade de contribuir com a formação de mais pessoas, visando ampliar horizontes formativos com melhor execução dos estudos, compreensão e aprendizagem dos outros componentes curriculares, partindo da língua portuguesa e da história, em que possibilita uma base consistente para outros níveis de ensino e para a vida, contribuindo com a formação desses (as) jovens no sul de Roraima.           Portanto, a tríade leitura, interpretação e escrita é anteposta a qualquer outra formação que se quer qualificada. Logo, a urgência de propostas como esta, diante dos motivos alegados acima, como promover aprendizagens significativas de modo a se propagar, é de suma importância, partindo de uma instituição que tem como base o ensino, a pesquisa e extensão, visando contribuir com as comunidades externas.
Dissertando para o futuro  Considerando a importância do desenvolvimento da escrita para a vida pessoal, acadêmica e profissional e, ainda, compreendendo a dificuldade que estudantes possuem em relação a esse tema, este projeto intitulado “Dissertando para o futuro”, tem como objetivo promover espaço formativo para a  prática de leitura e redação de textos dissertativos-argumentativos para os estudantes do 9º ano das escolas do entorno do IFRR/CBVZO, visando contribuir para a consolidação e execução da Política de Extensão da instituição. Para tanto, será executado por meio de oficinas pedagógicas, ministradas pelas estudantes (bolsista e voluntária), a serem desenvolvidas entre os meses de outubro e dezembro de 2024. O projeto será executado em seis etapas, sendo elas: divulgação  do projeto,  inscrição dos candidatos, avaliação diagnóstica dos estudantes inscritos no projeto, prática de leitura e redação de textos dissertativos-argumentativos, correção colaborativa e reescrita dos textos dissertativos-argumentativos e avaliação da atividade de extensão pelos participantes.  Ao final do projeto, dentro da última etapa, será realizado, entre os participantes, a simulação de um processo seletivo por meio da produção de redação, cujos os 3 (três) primeiros colocados receberão premiação. Espera-se, a partir deste projeto, incentivar os participantes à prática da leitura, aprimorando assim seus textos dissertativos-argumentativos  para que se tornem autores mais críticos e conscientes da própria escrita e argumentação.  Paulo Sergio Romeu Alvarenga CBVZO Concluído 2024-10-07T00:00:00 2024-12-27T00:00:00 Constantemente o ser humano é estimulado a exercitar a linguagem, seja ela escrita ou falada. No entanto, com o advento das redes sociais, a leitura de qualidade está cada vez menos presente no cotidiano dos jovens brasileiros. Além disso, a escrita tem sofrido diversas simplificações em razão do uso da tecnologia. Souza et al. (2020, p. 113) discorrendo acerca das dificuldades na produção textual, destacam que:A internet, desse modo, revolucionou o comportamento, as relações e o uso da norma padrão da Língua Portuguesa. Sendo assim, o uso dessa tecnologia fez com que surgissem novas maneiras de escrever e falar. Ademais, tal fato contribuiu para as dificuldades de leitura e escrita e, principalmente, fazer o aprendiz crer que está escrevendo certo quando suprime algumas letras das palavras. E com a falta de hábito da leitura, a escrita fica cada vez mais comprometida. Dessa forma, cabe ao professor estimular para que o estudante exercite sua escrita visando melhorar sua produção textual. Souza et al. (2020) destacam que, para a melhoria da produção textual, a leitura é o principal exercício, pois através do hábito de ler, o estudante tem mais capacidade de organizar suas ideias.Para Macêdo (2014, p. 20) A leitura não é apenas um ato cognitivo, é importante ressaltar que é também um ato social, que oferece diversas oportunidades e possibilidades para as pessoas se expressarem na sociedade. A leitura é um pressuposto para a escrita, ambas precisam andar juntas para obter sucesso, a escrita não pode ser desvinculada da leitura. É na leitura que desenvolvemos o nosso pensamento crítico e é na escrita que o colocamos em prática. No entanto, estimular a leitura não tem sido uma tarefa fácil para os professores das escolas brasileiras que, além de disputarem suas atenções com a internet, trabalham em escolas com condições precárias, onde muitas vezes nem sequer tem a merenda dos estudantes. Acerca disso, Souza et al. (2020) apontam que os discentes que estudam em escolas que privilegiam a leitura e escrita, estão num contexto social diferente da maioria dos estudantes que permanecem em escolas públicas, muitas vezes localizadas em regiões socioeconomicamente vulneráveis. Nessa conjuntura, observa-se uma demanda social relevante e que necessita ser suprida, considerando o contexto no qual o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima/Campus Boa Vista Zona Oeste (IFRR/CBVZO) está inserido. O Campus está localizado num bairro da zona oeste de Boa Vista, Laura Moreira, considerado periférico, cuja população, em sua maioria, é composta por pessoas de classes sociais mais vulneráveis, com residência e acesso a serviços muitas vezes precários em relação às outras áreas do município. A população dessa área encontra-se, na sua maioria, em situação de desigualdade em relação aos bairros das outras áreas, quando se trata de acesso a serviços de mais qualidade, como educação, mobilidade, saúde e segurança, como apontado por  Oliveira e Costa (2018, p. 4)[...] a população da periferia da zona Oeste precisa cruzar a cidade para ter acesso a serviços públicos, concentrados na área central (três hospitais, sede dos poderes executivo, legislativo e judiciário, por exemplo). Nesta zona, estão os grupos sociais de menor renda, além dos empreendimentos da faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV, que necessitam de transporte público ou de vias de locomoção. Staevie (2011) e  Silva et al. (2009) apontam que, na zona oeste, aproximadamente 85% dos residentes são migrantes, com baixo poder aquisitivo e que residem em áreas doadas pelo poder público. Ainda em relação à população, Staevie (2011) destaca que sua grande maioria foi ali assentada com fins eleitoreiros ou são invasores que se apoderaram de terrenos desocupados. Para Veras (2009, p. 18) [...] a cidade apresenta distorções na forma de uso do seu espaço urbano, ou seja, o seu setor Leste foi definido como área nobre; enquanto que o setor Oeste, o periférico, é marcado pela privatização dos benefícios da urbanização e pela marginalização das populações mais pobres, historicamente excluídas dos bens e serviços produzidos pela sociedade. Com relação à renda média das famílias dessa área, em 2009 essa renda era de R$367,00, enquanto que na zona leste, a renda média era de R$2.418,00 (SILVA et al., 2009). Ainda de acordo com os autores, 17,3% da população residente na zona oeste era considerada analfabeta, enquanto que nas zonas leste, sul, norte e centro os níveis eram 4,1%, 11,2%, 7% e 6,3% respectivamente.Deste modo, este projeto tem como objetivo geral promover espaço formativo para a prática de leitura e redação de textos dissertativos-argumentativos para os estudantes do 9º ano das escolas do entorno do IFRR/CBVZO, localizado na zona oeste de Boa Vista-RR. Os estudantes participantes do projeto terão possibilidade de exercitarem a leitura e escrita de forma crítica, além de proporcionar a interação com o meio social através desse exercício. Já para os estudantes bolsistas e voluntários, o projeto possibilitará a interação destes com a comunidade, contribuindo para sua formação acadêmica, profissional e para o exercício da cidadania, além de contribuir com a integração curricular. O projeto visa ainda, materializar a execução das atividades na perspectiva da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, no viés da interdisciplinaridade, interprofissionalidade e na interação dialógica, que são elementos fundamentais para o alcance dos objetivos propostos e coerentes com a proposta institucional do IFRR.Dessa forma, considerando o contexto em que o IFRR/CBVZO está inserido e seu papel social, econômico e político para com a população do seu entorno, este projeto justifica-se pela necessidade de incentivar os jovens à prática da leitura, aprimorando assim seus textos para que se tornem autores mais críticos e conscientes da própria escrita e argumentação, tornando-os agentes transformadores da sua própria realidade.Cabe ressaltar que, desde 2022, o processo de seleção para ingresso nos cursos técnicos integrados ao ensino médio do IFRR/CBVZO é realizado por meio de produção de uma redação (texto dissertativo-argumentativo). Dados acadêmicos, reunidos a partir das considerações de docentes e equipe técnico pedagógica,   apontam que, após a adoção dessa forma de seleção, o perfil dos estudantes que ingressaram nos cursos alterou, considerando que estes, em sua maioria, demonstram maior interesse no curso e nas atividades de ensino, pesquisa e extensão propostas pela instituição. Portanto, com a proposição deste projeto observa-se a oportunidade de melhorias no que concerne ao aperfeiçoamento das habilidades de leitura e redação de textos dissertativos-argumentativos de possíveis futuros estudantes do IFRR/CBVZO. 
Educação alimentar e nutricional no ambiente escolar na Vila Novo Paraíso- Caracaraí Os hábitos alimentares de adolescentes têm sido marcados pelo elevado consumo de alimentos ricos em gorduras, sódio e açúcares simples que, somados ao sedentarismo, estão diretamente relacionados com a incidência de obesidade entre outras doenças crônicas não transmissíveis tanto nesta faixa etária como na vida adulta. Este cenário reforça a urgência de se adotar programas de educação alimentar e nutricional. O objetivo desse trabalho é aplicar um questionário para verificar os hábitos alimentares de alunos do ensino fundamental e aplicação de oficinas voltadas a disseminar informações sobre as funções dos nutrientes no corpo humano e como ter uma alimentação saudável. Participarão em média 100 alunos, incluindo alunos do 6° ao 9° da escola Estadual Padre Calleri situada na Vila Novo Paraíso do município de Caracaraí – Roraíma e a turma finalista de agroindústria do CNP. Espera-se com esse projeto levar conhecimentos aos alunos sobre a importância de ter uma alimentação saudável, além disso os alunos irão difundir essas informações com seus familiares, será elaborado uma apostila para melhor divulgação de informações aos alunos da escola, podendo também ser compartilhado com demais escolas. Zelia Maia Lauber CNP Concluído 2024-10-07T00:00:00 2024-12-27T00:00:00 O curso técnico em Agroindústria do Campus Novo Paraíso tem importante papel na transferência de conhecimento e tecnologia na região. Para que isso ocorra, é preciso que os alunos formados na Instituição sejam capacitados para planejar, processar, analisar, armazenar e garantir a qualidade dos alimentos produzidos na região, sendo uma das competências presentes no PPC, o desenvolvimento a capacidade de comunicação e levar conhecimentos sobre os alimentos, sua utilização correta, procedimentos de higiene e qualidade, além da função nutricional dos alimentos para à saúde dos consumidores. Percebe-se também que, a falta de conhecimento nutricional e de suas funções específicas dos alimentos em sí para o funcionamento necessário do organismo humano, leva a uma alimentação de baixo valor nutritivo, com calorias vazias, gerando muitas vezes crianças, adolescentes e adultos com alta tendência a desenvolvimento de doenças, tais como obesidade, colesterol, diabetes, entre outrasDiante dessa necessidade, o presente projeto visa proporcionar atuação prática interdisciplinar de conhecimento das funções nutricionais dos alimentos aos alunos, desenvolvendo conhecimento prático e aplicável do conteúdo teórico da sala de aula e proporcionando a integração dos componentes curriculares que transmitem conhecimento de Tópicos em alimentos e nutrição, Conservação de alimentos, Higiene e segurança alimentar, Análise de Alimentos e Bioquímica de alimentos. Para isso, o recurso financeiro disponível no presente edital possibilitará a compra de matérias-primas necessárias para a elaboração das atividades práticas de processamento de alimentos. Além da característica interdisciplinar, este projeto apresenta relevância científica, e social, pois além de abordar os conhecimentos sobre os nutrientes presentes nos alimentos, o projeto visa abordar a temática do desenvolvimento de alimentos saudáveis. Para isso será realizado um levantamento sobre a forma de alimentação atualmente dos alunos da escola e as possíveis substituições necessárias para uma alimentação mais saudável, levando maior qualidade de vida e consequentemente reduzir a tendência a possíveis doenças caudadas pela má alimentação. Os dados resultantes do presente projeto serão relevantes para futuras publicações científicas e também terão apelo social por gerar e transmitir conhecimento aos alunos, futuros profissionais, e produtores sobre o potencial econômico e qualidade dos produtos ofertados aos consumidores. Sendo assim, o projeto proporcionará a capacitação de futuros profissionais que saibam analisar e verificar os alimentos com seu apelo nutricional e sensorial.
Manejo de pastagem: Uma forma de mitigação dos gases do efeito estufa O manejo de pastagens pode ser definido como o conjunto de ações que envolvem fatores do solo, planta, animal e meio ambiente, com o objetivo de manutenção da estabilidade e produtividade da forrageira, promovendo a maior produção animal. O manejo adequado de pastagem aumenta o sequestro de Carbono pelo crescimento das forrageiras, com a melhoria da qualidade nutricional da forragem ocorre menor eliminação de Metano pelos animais e a redução do excesso de matéria orgânica facilita o controle do fogo nas pastagem e consequentemente contribui na redução da eliminação dos gases do efeito estufa. O presente projeto tem como objetivo orientar os pecuaristas e estudantes a manejar adequadamente as pastagens. Para isso, será realizada uma coleta e identificação das gramíneas presentes no IFRR campus Amajari. Serão compilados em tabela os valores de altura de entrada e saída dos animais para pastejo das respectivas espécies coletadas. Os dados obtidos serão utilizados para a elaboração de panfletos informativos que serão distribuídos para produtores e estudantes durante o IF Comunidade 2024.  Malber Nathan Nobre Palma CAM Não selecionado 2024-10-07T00:00:00 2024-12-27T00:00:00 O manejo de pastagem de forma adequada auxilia no sequestro de gás carbônico atmosférico pelo processo fotossintético, com a melhora da qualidade nutricional da forragem ocorre menor eliminação de metano pelos animais pela melhoria da digestibilidade da pastagem e quando reduz o excesso de matéria orgânica facilita o controle do fogo nas pastagem e consequentemente na redução da eliminação do gás carbônico (CO2), gases-traço como metano (CH4), monóxido de carbono (CO) e nitroso de oxigênio (N2O).
Assistência técnica em ovinos criadores na comunidade indígena Araçá: controle e tratamento seletivo de verminoses Nas comunidades indígenas da região de Amajari, Roraima, percebe-se que a criação de ovinos está em ascensão, porém as verminoses torna-se um dos principais entraves na criação desses animais. Soluções para esse problema consistem na análise de características relacionadas à sanidade do animal, como por exemplo, a avaliação da coloração da mucosa ocular com o uso do método FAMACHA©, e a posterior aplicação de drogas antiparasitárias. Dado o exposto, objetiva-se com esse projeto de extensão promover assistência técnica em ovinos criados na comunidade indígena Araçá, localizada na região de Amajari, quanto ao controle e tratamento seletivo de verminoses. A metodologia para execução desse projeto será dividida em três fases, denominadas Fase Inicial (FI), Fase de Desenvolvimento (FD) e Fase Final (FF). Na FI será realizada uma pesquisa bibliográfica para levantamento de artigos que utilizaram o método FAMACHA© para o controle de verminoses em ovinos. Na FD serão realizadas visitas à comunidade para realizar um levantamento dos criadores de ovinos e um diagnóstico geral dos seus sistemas de criação, a partir da avaliação visual dos animais, observação das instalações e seus aspectos sanitários. Após esse diagnóstico os animais serão avaliados quanto ao método FAMACHA©, na ocasião das visitas serão realizados treinamentos dos criadores quanto ao uso dessa metodologia. Na FF será redigido o relatório final do projeto. Espera-se que os resultados contribuam com o fortalecimento da criação de ovinos na comunidade Araçá, já que o maior controle das verminoses contribuirá para o aumento na renda dos criadores por meio da melhoria na conversão alimentar dos animais, ganho de peso e diminuição da taxa de mortalidade dos rebanhos. Além disso, espera-se também que as experiências vivenciadas nesse projeto venham a contribuir para a formação interdisciplinar dos estudantes envolvidos.Palavras-chave: Método FAMACHA©, Endoparasitas gastrointestinais, Ovinocultura. Mateus de Leles Lima CAM Não selecionado 2024-10-07T00:00:00 2025-01-16T00:00:00 A criação de ovinos está em crescimento no estado de Roraima e apresenta-se com uma excelente alternativa para produção de proteína animal para consumo ou comercialização. A região de Amajari apresenta o maior efetivo de animais do estado com aproximadamente 3.620 animais (IBGE, 2020), sendo a grande maioria desses animais criados em comunidade indígenas. Apesar desse grande efetivo de animais e das potencialidades existentes dentro das comunidades indígenas da região, ainda existem gargalos que precisam ser superados, como por exemplo, o controle das verminoses, principalmente o Haemonchus contortus. O problema com as verminoses torna-se ainda mais calamitoso quando os criadores não possuem orientação técnica para o tratamento desses endoparasitas, sendo essa a realidade da maioria das comunidades indígenas da região de Amajari.Partindo desse pressuposto e visando o estabelecimento de vínculo entre o Instituto Federal de Roraima, Campus Amajari, com a comunidade externa, esse projeto surge a partir da necessidade da comunidade indígena Araçá em assistência técnica aos ovinocultores a fim de levar informação, treinamento e orientação técnica acerca do controle e o tratamento seletivo de ovinos quanto à presença de verminoses. Ressalta-se que o projeto proposto poderá contribuir para incrementar a renda dos criadores por meio da comercialização de animais mais produtivos e melhor manejados, promovendo a autonomia da comunidade.As ações extensionistas a serem desenvolvidas por meio desse projeto contribuirão sobremaneira na formação dos estudantes envolvidos, uma vez que as atividades propostas visam à formação interdisciplinar do estudante, haja vista que envolve a integração de conteúdos de diferentes componentes curriculares, a saber: Caprinos e Ovinos (manejo sanitário), Forragicultura (contaminação das pastagens por larvas infectantes de verminoses) e Biologia (ciclo evolutivo dos endoparasitas). Essa formação interdisciplinar pode contribuir para formação de um profissional melhor qualificado para o mundo do trabalho.É importante salientar que as soluções adotadas para amenizar o problema das verminoses consistem na análise de características relacionadas à sanidade do animal, como a coloração da conjuntiva ocular via método FAMACHA©, e a posterior aplicação de drogas antiparasitárias. O método FAMACHA© é um recurso para o controle de endoparasitas em ovinos, principalmente do Haemonchus contortus, além de atuar na redução do número de tratamentos aplicados e a resistência anti-helmíntica.Ademais, o FAMACHA© é um método facilmente aplicável a campo, diferente de outros métodos para a identificação da presença de endoparasitas, como a contagem de ovos por gramas de fezes (OPG). A contagem de OPG demanda o uso de microscópio óptico que ainda não é uma realidade para as comunidades indígenas do estado de Roraima e neste projeto de extensão está sendo proposta uma metodologia alternativa e eficiente para o controle das verminoses.
Pauwan na'ik sudadan: Jardim didático em uma escola indígena de Amajari - Roraima  Os jardins didáticos são boas ferramentas no campo educacional, pois proporcionam a vivência com plantas e animais, ornamentação de ambientes e são recursos pedagógicos valiosos para o ensino de diversas áreas. O presente projeto tem como objetivo geral a elaboração de um jardim didático na Escola Estadual Indígena Tuxaua Manoel Horácio (Comunidade Indígena Guariba, Amajari), com estudantes do Ensino Fundamental (8º e 9º anos), a partir da demanda da necessidade de trabalhar de forma mais dinâmica a temática Meio Ambiente durante as aulas de Arte Educação e língua Wapichana e contribuir com o projeto de coleta e plantio de espécies nativas executado na referida escola. Para a realização das atividades serão adquiridas mudas e sementes de espécies selecionadas pela equipe do projeto, bem como o espaço disponível será preparado e as plantas direcionadas no local de acordo com suas características. Os estudantes envolvidos nas atividades poderão acompanhar o desenvolvimento das plantas, estudar e valorizar as espécies nativas, elaborar arranjos e vasos para ornamentação, conhecer características das plantas, bem como seus usos e nomes na língua materna (Wapichana). O jardim elaborado pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida e sensibilizar a comunidade sobre a importância do meio ambiente. Adicionalmente, o projeto contribuirá com a formação acadêmica de uma estudante do curso Técnico em Agropecuária, através do treinamento de suas habilidades técnicas e como Extensionista. Como resultados, espera-se promover a sensibilização da importância do meio ambiente e de espaços verdes nas escolas, disponibilizar o jardim para aulas diversas e promover o “pauwan na'ik sudadan” (plantar e semear, na língua Wapichana). Leidiana Lima dos Santos CAM Concluído 2024-10-07T00:00:00 2024-12-27T00:00:00 A iniciativa de elaborar o projeto partiu da demanda de apoio para ações de estímulo à práticas de sensibilização sobre a importância do meio ambiente e de uso das plantas e dos espaços verdes, tanto para fins ornamentais, quanto educativos e, mais amplamente, de qualidade de vida. A egressa do curso de Identificador Florestal (Bioeconomia/Pronatec - 2024) e professora da Escola Indígena Tuxaua Manoel Horácio, na Comunidade Indígena Guariba, Sandra Silva, foi convidada a participar do presente projeto, para atender a essa demanda na referida comunidade. A professora Sandra já trabalha o projeto "Pauwan na'ik sudadan", que na língua Wapichana significa "Plantar e semear", com o objetivo de coleta e plantio de espécies nativas com 34 estudantes do ensino fundamental e médio, bem como a criação de vasos de plantas com materiais reciclados, durante as aulas de Arte Indígena e Língua Indígena Wapichana.Adicionalmente, a proposta é uma continuidade dos projetos que estão em andamento pela coordenadora em outras frentes (INOVA, PIBICT, PIBIC/CNPq, colaboração com a UFRR), que tem como objetivo o combate à impercepção botânica no contexto da educação, levantamento da Biodiversidade brasileira e formação de recursos humanos na área de Biodiversidade Botânica de Roraima. A estudante bolsista terá a oportunidade de aplicar na prática os conhecimentos adquiridos no curso Técnico em Agropecuária e também terá vivência em atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão, inclusive trabalhando com aspectos da língua materna de sua etnia Wapichana.As aulas práticas são recursos didáticos importantes, pois propiciam o reconhecimento dos componentes vistos em sala de aula. De forma mais ampla e no campo da Botânica/Ecologia, propiciam o reconhecimento da flora de uma região, bem como os ecossistemas característicos, uma vez que o estudante, ao participar da observação in situ de plantas, tem o contato direto com o ambiente, confrontando a prática com a teoria, além de estimular a curiosidade e aguçar o conhecimento científico, compreendendo e fixando caracteres importantes dos grupos vegetais. Adicionalmente, as aulas práticas realizadas no jardim didático podem estimular a apreciação das plantas em jardins e em ambientes naturais, tanto enquanto conteúdo didático quanto na aplicação dos conteúdos na vida como cidadãos.Muitos especialistas da Botânica e da Educação em Ciências têm relatado o fenômeno chamado Impercepção Botânica, que tem como consequência no âmbito escolar, o baixo interesse dos estudantes, principalmente nos níveis mais básicos do conhecimento. Isso se deve provavelmente pela carência de atrativos didáticos e pedagógicos e pela forma como é lecionada, onde os conceitos de Botânica são ensinados de forma desestimulante e alheia ao contexto ao qual o estudante ou a comunidade escolar estão inseridos, sem observação ou interação direta com as plantas. O resultado disso é que temos muitos jovens brasileiros, muitas vezes ingressos no mercado de trabalho, desinteressados no estudo dos vegetais ou cidadãos alheios à condição de biodiversidade vegetal, mesmo habitando no país mais megabiodiverso do mundo. Além disso, muitos estudantes chegam ao ensino superior alheios aos conhecimentos básicos de Botânica.Acreditamos que, com a criação do jardim didático na escola Tuxaua Manoel Horácio, iremos contribuir para a sensibilização por parte dos estudantes sobre a importância do meio ambiente, bem como disponibilizar o jardim para diversas atividades escolares com a comunidade escolar.
Entre Fronteiras e Vulnerabilidades: A Exploração Sexual entre Imigrantes e não Imigrantes em Amajari qq Francisco Pedro Nunes Porto CAM Não Enviado 2024-10-07T00:00:00 2024-12-27T00:00:00 qq
Meliponicultura em Amajari-RR: revitalizando relações ancestrais entre abelhas nativas e povos originários A meliponicultura, atividade de criação de abelhas sem ferrão, tem origem nas Américas a partir dos povos originários pré-colombianos. No entanto, no Brasil esta atividade ainda é incipiente, em decorrência da ampla difusão da apicultura, atividade já praticada pelos colonizadores europeus em seus países de origem, que trouxeram consigo a espécie Apis mellifera, popularmente chamada de abelha itália ou europa. Nesse contexto, temos como objetivo divulgar a meliponicultura no município de Amajari-RR, e capacitar os moradores da comunidade indígena Araçá para a criação de abelhas sem ferrão, de modo a desenvolver essa atividade para fins de geração de renda, de conservação das espécies, e de revitalização dessa relação ancestral dos povos indígenas da região com as abelhas. Para isso, realizaremos cursos e oficinas de confecção de ninhos-isca para atração de enxames naturais, de manejo de colônias, e de produção e coleta de mel. Esperamos que o projeto seja desenvolvido de forma contínua para além do prazo do edital (com acompanhamento por pelo menos um ano), considerando a localização da comunidade, próxima ao campus IFRR-Amajari; o fato de esta ser uma atividade já praticada pelo proponente, e o acompanhamento do projeto nas futuras atividades de produção de mel pela comunidade. Consideramos que o custo do projeto é adequado ao orçamento previsto no edital, e nos comprometemos a buscar formas futuras de financiamento, o que esperamos acontecer dada a relevância do tema. Eduardo Magalhaes Borges Prata CAM Concluído 2024-10-07T00:00:00 2025-01-05T00:00:00 A meliponicultura é a atividade de criação de abelhas nativas sem ferrão, os meliponíneos. Como produtos diretos e indiretos da meliponicultura, destacam-se o mel, a própolis, o pólen e o cerume, além da própria produção de colônias para comercialização. O mel e própolis de abelhas sem ferrão possuem alto valor agregado no mercado brasileiro, mas apesar disso, a maior parte destes produtos comercializados no país são provenientes de Apis mellifera, espécie exótica introduzida no Brasil pelos europeus ainda durante o período colonial. A criação de abelhas sem ferrão é uma atividade geradora de renda e de fundamental importância para a agricultura familiar praticada por comunidades indígenas, ribeirinhas, sertanejas e quilombolas, dentre outras. Além disso, a criação de abelhas sem ferrão tem papel importante na conservação da fauna nativa de polinizadores, responsável pela polinização direta ou indireta de mais de 70% dos alimentos produzidos e consumidos por nós humanos. O atividade de criação e manejo de abelhas sem ferrão é praticada há séculos por povos indígenas, sendo os registros mais antigos reportados para a atual região do México. Na América do Sul, esta atividade estava mais relacionada à coleta de mel em ninhos na natureza para consumo. A relação dos povos originários com as abelhas sem ferrão é, portanto, ancestral. No Brasil, no entanto, a domesticação e criação de abelhas nativas sem ferrão se deu somente a partir da chegada dos colonizadores, que já praticavam a criação de abelhas Apis mellifera (a apicultura) em seus países de origem. Apesar disso, a meliponicultura ainda está longe de ser uma atividade amplamente difundida e de produção em larga escala, ao contrário do que acontece com a apicultura. Não pela falta de potencial ou de recursos (espécies de abelhas e plantas), mas tão somente por uma questão cultural que priorizou a apicultura em detrimento da meliponicultura no contexto da colonização até os dias de hoje. É nesse cenário que nosso projeto aqui proposto se insere, no sentido de difundir e fortalecer a cadeia produtiva da atividade de criação de abelhas sem ferrão.O estado de Roraima, e particularmente o município de Amajari, tem características especiais para o desenvolvimento da meliponicultura, dada a conservação da flora e das paisagens, e do modo de vida da população, baseado em grande parte na agricultura familiar. Em Amajari, destaca-se a presença de populações indígenas tanto no município quanto no campus do IFRR, com perfil voltado para Curso Técnico Integrado Ensino Médio e Superior Tecnólogo em Agronomia. Em um levantamento preliminar realizado pelo proponente deste projeto, não se tem notícia da criação de abelhas sem ferrão no município de Amajari, mas apenas de Apis mellifera. Neste contexto, o projeto aqui proposto visa inserir e difundir a meliponicultura como uma atividade integrada à agricultura familiar no município, com foco inicial em uma comunidade indígena, e com potencial de geração de renda, além dos benefícios diretos para a produtividade agrícola e conservação das espécies de abelhas sem ferrão na região.
Mobilização comunitária: Transformando o Resíduo Orgânico em Adubo a partir de Composteiras Domésticas. ResumoEste trabalho nasceu da perspectiva indissociável do tripé ensino, pesquisa e extensão presente nos discursos educacionais na Instituição Federal de Educação de Roraima (IFRR). Este formato pedagógico colabora para a execução de projetos interdisciplinares e proporciona novas visões em torno dos conhecimentos científicos. O principal olhar aqui é a valorização do ambiente a partir do seu próprio potencial e do próprio sujeito, pois o cuidado com o ambiente é um tema importantíssimo para o presente século. Nesta comunidade situada no Sul do Estado de Roraima, observou-se, que os detritos orgânicos são atirados sem critérios específicos e apropriados, corrompendo o ambiente. Diante do aumento de resíduos residenciais urbanos, a compostagem doméstica surge como uma alternativa para amenizar o problema de alguns resíduos. A escolha desse tema foi provocada devido às dificuldades que as pessoas apresentam em realizar o destino correto dos resíduos orgânicos, ampliando o problema do destino do lixo na região. Tem como objetivo geral: Transformar o Resíduo Orgânico em Adubo a partir de Composteiras Domésticas através de capacitação de residentes na vila de Novo Paraíso - município de Caracaraí - Roraima. A metodologia é composta de cinco (05) passos: 1. Visita em Locus: para expor sobre o projeto e de sua importância para comunidade local. 2. Distribuição de panfletos onde os participantes do projeto terão acesso as informações em torno do conteúdo de compostagens orgânicas. 3. Confecção das composteiras domésticas e aquisição. 4. O quarto passo consiste em praticar os procedimentos necessários para que ocorra a compostagem e 5. O último passo será a culminância dos resultados dos trabalhos. Quanto a avaliação e acompanhamento do projeto destacam-se: observação direta quanto à participação das famílias; conhecimento dos residentes nas atividades propostas; tomada de inciativa quanto a seleção dos resíduos orgânicos e na construção de composteiras domésticas e serão avaliadas de forma contínua se os procedimentos de compostagens estão sendo efetivados de acordo com os conhecimentos compartilhados. Tem como resultados esperados que no mínimo dez (10) famílias sejam capacitadas de tal forma que tenham conhecimentos da importância de compostagens para o ambiente; dos procedimentos necessários para uma compostagem adequada; que se desenvolva hábitos de cuidar do ambiente e que sejam multiplicadores desta ação. Ainda se espera que com a apresentação e divulgação dos resultados os moradores possam pensar de forma mais consciente sobre a importância da compostagem no processo de suas atividades e sua significância para a sustentabilidade do ambiente. A disseminação dos resultados será divulgada através de visitas residenciais, palestras e oficinas, serão utilizadas as redes sociais como: WhatsApp, Instagram e Facebook. Eliezer Nunes Silva CNP Não selecionado 2024-10-07T00:00:00 2024-12-27T00:00:00 Justificativa: O cuidado com o meio ambiente é um tema importantíssimo para o presente século, pois, se a sociedade não se atentar para este cuidado, continuará aumentando o risco dá não existência da humanidade. Estes riscos não estão longe das pessoas, estão tão próximo do campo rural e urbano. Esta falta de organização do homem com o ambiente tem fortalecido o descaso em certos tratamentos de resíduos. Em uma relação dos conteúdos presentes na matriz curricular do Plano de Curso de Agropecuária do Campus de Novo Paraíso, com destaque no componente curricular de Fertilidade e Manejo do Solo, com a nossa vivência na comunidade, assim como na tentativa de realizar ações que ajude a saúde do homem, percebemos que é necessário e possível de continuidade na realização de trabalho de extensão em torno de uma problemática que consiste no mau direcionamento de resíduos orgânicos da comunidade da vila de Novo Paraíso. Nesta comunidade observa-se que, por falta de conhecimento, os resíduos orgânicos são jogados sem critérios específicos e adequados poluindo o meio, pois o acúmulo de resíduos orgânicos a céu aberto favorece o desenvolvimento de bactérias, vermes e fungos que causam doenças nos seres humanos. Além disso, favorece o desenvolvimento de insetos, ratos e outros animais que podem transmitir doenças aos homens. Com o desejo de contribuirmos a partir dos conhecimentos adquiridos no IFRR, durante nossa vida de discentes, é que nasce este projeto com a intenção de amenizar a problemática do lixo orgânico na vila de Novo Paraíso, através da reutilização de resíduos orgânicos. O pensamento aqui exposto caminha em torno da realização de compostagem a ser desenvolvidas com a participação de residentes da vila. Neste sentido entende-se que a compostagem é um processo de transformação de matéria orgânica em adubo orgânico, ela é considerada uma espécie de reciclagem do lixo orgânico que pode ser utilizado na agricultura, jardins e plantas. Ela é de extrema importância para o ambiente e para a saúde dos homens. A compostagem, além de evitar a poluição e gerar renda, faz com que a matéria orgânica volte a ser usada de forma útil e sustentável. Para que ocorra a compostagem de forma adequada, é necessário que as pessoas realizem a coleta seletiva do lixo, encaminhando o lixo orgânico para as usinas de compostagens e os resíduos sólidos para recicladores. Considerando que não temos usinas aqui na vila, nos envolveremos em realizar compostagens a partir de ação doméstica. No entanto, para realizar esta ação se faz necessários tomar algumas iniciativas e procedimentos cabíveis que se dará em torno da construção de composteiras domésticas. Desta forma este projeto está composto de suas etapas e de orientações básicas no qual oportunizará em amenizar o problema do Resíduo Orgânico de forma Sustentável a partir de Composteiras Domésticas através de capacitação de pessoas residentes da vila de Novo Paraíso - município de Caracaraí.
Cultura e Diversidade no Campus Amajari: Elaboração de Material de Consulta em Língua Taorepang e Portuguesa A interculturalidade é um aspecto presente no Campus Amajari (CAM), o que implica dizer que a diversidade de culturas é um fator que determina atividades diversificadas neste ambiente escolar. Neste sentido, este projeto apresenta como objetivo apresentar aspectos básicos da língua Taorepang a partir de temáticas relacionadas à diversidade de recursos naturais, sociais e culturais do povo Taorepang,  visando à produção de material didático bilíngue Taorepang-Português ilustrado, para uso no Campus Amajari e nas escolas das comunidades do entorno do CAM. Para isso, a metodologia a ser utilizada neste projeto consistirá em quatro etapas. Inicialmente, o projeto será apresentado aos estudantes-bolsistas e à comunidade Tarau’Paru, em uma visita à Tuxaua da comunidade e também à Escola Municipal Iêda da Silva Amorim. A segunda etapa será a execução das atividades do projeto: as aulas serão ministradas na escola municipal da Vila Brasil e na Comunidade Tara’u Paru. A próxima etapa será a revisão dos textos por parte dos estudantes taorepang e pelos coordenadores do projeto. Essa correção será em língua portuguesa e em língua taorepang e só depois serão enviados para impressão. Por fim, o material será encaminhado à gráfica para impressão e, logo após, distribuição nas escolas e nas comunidades. Diante disso, salienta-se que o projeto é relevante para manter os aspectos culturais dos Taorepang, não só dentro do Campus Amajari, mas também nas demais comunidades. Jose Vilson Martins Filho CAM Não selecionado 2024-10-07T00:00:00 2024-12-27T00:00:00  O campus de Amajari (CAM) do Instituto Federal de Roraima (IFRR) tem recebido, nos últimos anos, uma quantidade cada vez maior de alunos Taorepang oriundos de comunidades na fronteira de Pacaraima com a Venezuela (Comunidade Tarau’Paru) e de comunidades do interior do país vizinho (Sacamuta), bilíngues em Espanhol e Taorepang. Contudo, chegam ao CAM para estudar e sentem dificuldades em leitura, escrita e compreensão de textos, pois as línguas são diferentes e não dominam o português.  Isso nos motivou a investigar a respeito da existência de materiais didáticos em língua Taorepang. Encontramos informações relevantes em autores, como Nepomuceno (2006), que apresenta em sua dissertação de Mestrado um estudo sobre a fonética e a fonologia da língua Taorepang. Tal estudo serve até hoje como fonte de pesquisa para estudiosos do tema. Gonçalves (2014) escreve a “Minigramática - Língua Indígena Taurepang” (https://www.uerr.edu.br/2014-06-06-14-37-49/), com o objetivo de fortalecer a língua materna e vivenciar as origens do povo Pemon. O Museu do Índio (MDI) lança, em 2023, o Dicionário Multimídia Taurepang e apresenta à comunidade Sorocaima I. O estudo para este projeto constatou que ainda continua havendo uma carência substancial em se tratando de material didático (MD) em língua. Nossa proposta é inserir mais um MD em língua taurepang, composto de pequenos textos narrativos e ilustrados, produzido por alunos taurepang do curso Técnico em Aquicultura e Superior Tecnólogo em Aquicultura do CAM e residentes em Tara’Paru. Diante disso, acreditamos que este projeto apresenta relevância não só no meio acadêmico do CAM, mas também entre comunidades falantes da língua, haja vista que este material é uma forma de revitalizar aspectos culturais dos Taorepang. Nesse sentido, este projeto pretende apresentar aspectos básicos sobre a língua taurepang (alfabeto, fonemas, pronúncias, saudações, números), a partir de termos relacionados aos recursos da sociobiodiversidade e dos modos de vida deste povo, em uma escola de ensino fundamental (Escola Municipal Iêda da Silva Amorim) da Vila Brasil, Amajari-RR, com alunos do 5º ano. Como produto final do projeto, será elaborada uma mini cartilha com ilustrações relacionadas à cultura Taorepang, que será impressa e distribuída às comunidades e escolas dos municípios de Amajari e Pacaraima, Roraima.  
Fortalecimento da piscicultura familiar e comunitária no estado de Roraima - PEIXARR  O aumento populacional das comunidades e a concentração das famílias em núcleos têm despertado um preocupante desafio para o meio rural - alcançar a sustentabilidade da produção alimentos. No Estado de Roraima, principalmente nas localidades situadas no extremo norte, as dificuldades são ainda mais acentuadas devido ao difícil acesso para o transporte de insumos e também para o atendimento das políticas públicas específicas para o desenvolvimento rural, especialmente a assistência técnica e extensão rural e o fomento das atividades produtivas. Nestas localidades, os principais meios de produção de alimentos advêm das roças de subsistência, da criação de gado em pequena escala e da caça e da pesca artesanal. Entretanto, fatores agravantes como o verão intenso e cada vez mais frequente e as queimadas têm causado perdas significativas nas plantações e as pastagens tornam-se insuficientes, além disso os rios e igarapés chegam a níveis extremos impossibilitando o sustendo da pesca extrativista. Por outro lado, vale destacar que em muitas das localidades há um grande potencial natural para armazenamento de água através da escavação de viveiros para criação de peixes ou mesmo a existência de viveiros escavados já construídos para a finalidade de piscicultura. Nesta perspectiva, tem-se observado que a produção de pescado oriundo da piscicultura vem se apresentando e se consolidando como uma importante atividade alternativa de produção de alimento e geração de receita adicional pela comercialização do excedente para a agricultura familiar e comunitária. Sob a ótica dos próprios produtores, a atividade vem deixando de ser uma atividade “elitizada” ou inacessível e se tornando protagonista no meio rural. Apesar do potencial, em muitos casos a atividade vem sendo praticada de forma incipiente, principalmente pela dificuldade de acesso à alevinos – um dos principais insumos da piscicultura, pois a oferta na região é pequena e apresenta custos relativamente elevados e a disseminação de orientações técnicas que também limitam o desenvolvimento do segmento. Nesse sentido, o presente projeto tem como objetivo a disponibilização de alevinos de peixes nativos produzidos nas atividades acadêmicas de aulas práticas dos cursos de Aquicultura e nos projeto de ensino, pesquisa e extensão do IFRR Campus Amajari, bem como a prestação de orientações técnicas por meio de atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural para fomentar e apoiar o desenvolvimento da piscicultura de base familiar e comunitária, valorizando às iniciativas comunitárias, empreendedoras consoante aos aspectos socioculturais, possibilitando a produção sustentável de alimentos para o auto consumo e geração de renda destes atores. Marcelo Figueira Pontes CAM Concluído 2024-01-15T00:00:00 2025-01-15T00:00:00  Considerando a necessidade de produção de alimentos pelas famílias das comunidades indígenas, da agricultura familiar, dos assentados da reforma agrária e dos pequenos produtores no Estado de Roraima, e que a piscicultura figura como uma importante atividade capaz de impulsionar a economia local e suprir as necessidade do autoconsumo familiar e geração de renda, considerando ainda a carência de políticas públicas que possam promover o desenvolvimento rural, o presente trabalho visa contribuir para o fortalecimento da produção peixes no Estado de Roraima, através de orientações técnicas nos processos de produção e fomento dos alevinos.
TYZYTABA’U: A CULTURA DO ARTESANATO WAPICHANA NA COMUNIDADE INDÍGENA SERRA DA MOÇA O objetivo deste projeto é compreender como ocorre a confecção de peças de artesanatos na comunidade indígena Serra da Moça, localizada na Terra Indígena Serra da Moça, área rural do município de Boa Vista, e a sua importância para a cosmologia Wapichana no ato destas produções, bem como os materiais que são utilizados, o ensino e quem são os agentes sociais praticantes desta atividade. Com isso, realizaremos atividades de extensão entre a comunidade indígena e o Instituto Federal de Roraima – Campus Amajari. Jose Victor Dornelles Mattioni CAM Não selecionado 2024-10-07T00:00:00 2024-12-27T00:00:00 O presente projeto intitulado  "TYZYTABA’U: A cultura do artesanato Wapichana na Comunidade indígena Serra da Moça" constitui em aprender o conjunto de práticas do artesanato, pois estes integram diversos saberes ancestrais nos campos das culturas e das  artes, histórias dos povos originários da etnia Wapichana residentes na comunidade Serra da Moça, no estado de Roraima, que buscam repassar estes conhecimentos para as suas novas gerações. Pode-se afirmar que uma parcela dos jovens indígenas desconhecem suas origens e suas histórias e cultura. Logo, este projeto possui como público principal os jovens da Comunidade Serra da Moça, pois os mesmos podem estar aprendendo mais sobre sua própria cultura por meio das trocas de saberes ancestrais e, com isso, expandindo seus conhecimentos com a comunidade externa ou jovens de outras localidadesAs confecções dos artesanatos indígenas são importantes para os povos originários no tocante a preservação de culturas e de cosmologias presentes nas perspectivas dos povos em relação à vida, à natureza, aos ancestrais e às relações dentro das comunidades. De acordo com Berta G. Ribeiro (1977) Até bem pouco tempo atrás, os artesanatos indígenas produzidos nas comunidades indígenas pelos moradores dela eram apresentados somente para as comunidades ou levados para os grandes centros através dos pesquisadores que chegavam a essas comunidades com o objetivo de colher informações sobre a língua, a Cosmologia Indígena, os traços étnicos daquela comunidade, isso vem mudando ao longo do tempo. (RIBEIRO, 1977, p. 23)  Com o passar do tempo, essa dinâmica foi mudando. De acordo com Ribeiro (1977),os artesanatos indígenas saíram dos entornos das comunidades e ganharam espaço em feiras ao ar livre, quiosques, sinais de trânsito, como forma de comercializar e também de apresentar a um público desconhecido o artesanato indígena das diversas etnias que habitam o Brasil. Além disso, atualmente, pesquisadores de dentro da própria comunidade – pesquisadores indígenas – já possuem a possibilidade de estudar e registrar em pesquisa a cosmologia da comunidade e suas produções, como no caso deste projeto que possui pesquisador residente na comunidade e indígena. Essa possibilidade de pesquisadores indígenas olharem para suas comunidades, colocando numa perspectiva mais ampla – histórica, política, cultural – seu próprio contexto é importante tanto para a preservação da memória quanto para o entendimento da cultura particular de suas comunidades.  Sobre o entendimento particular de cada comunidade significa que cada uma tem uma especificidade. Como cita Lucia Hussak Van Velthem (2010), as produções estéticas de cada comunidade indígena muitas vezes são chamadas de “arte indígena”, generalizando as singularidades, mas elas  ao expressarem preocupações específicas, permitem a cada povo indígena desenvolver um estilo próprio, e, assim, aquela qualificação [arte indígena] é equivocada enquanto meio de identificação, posto que não existe uma arte comum e geral (...) (VELTHEM, 2010, p. 57)  Assim, o projeto irá buscar compreender as percepções da  Comunidade indígena Serra da Moça, no tocante a cria suas produções de artesanatos estéticas de modo único, particular, procurando entender as motivações e visões relacionadas ao artesanato da comunidade Serra da Moça.  No tocante a não encontramos uma palavra na língua Wapichana significando artesão ou artesanato, muito menos alguma que traduzisse arte, por aproximação adotamos tyzytaba’u, como significante de ‘trançador’ e ‘artista’ (MACHADO, 2022, p.20). por meio do artesanato indígena.Como forma de valorização dos saberes indígenas, Joênia Wapichana, atual presidente da FUNAI e primeira deputada federal indígena da História do Brasil, no prefácio da obra Tyzytaba’u (MACHADO, 2022), destaca que as artes são um importante meio de valorização e preservação da cultura dos povos originários, como os Wapichana. Os objetos registrados mostram a resistência do povo indígena numa época de colonização. Mas também demonstra uma imensa e rica diversidade cultural refletida nos objetos de arte brasileira e herança coletiva Wapichana. Reforça a necessidade de políticas públicas para assegurar que esse patrimônio seja protegido e ao mesmo tempo compartilhado por quem não teve a oportunidade de conhecer (WAPICHANA, 2022, p.18).Por este motivo, como prática de extensão, pretendemos realizar oficinas de artesanato na escola estadual indígena Adolfo Ramiro Levi, presente na comunidade Serra da Moça, pois a mesma também possui alunos das comunidades indígenas Truaru e Morcego. Nesta escola existe um número considerável de jovens que produzem adereços indígenas.A instituição escolar da comunidade, atualmente participa do projeto Territórios conectados, um programa da UNICEF O UNICEF que está implementado ações em âmbito global, nacional e territorial para ampliar a conexão das escolas e fortalecer as culturas digitais e práticas de educação de qualidade baseadas no uso das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDICs) que tem como objetivo ampliar a conectividade das escolas e fortalecer o uso pedagógico das tecnologias da informação e comunicação.A valorização de ações culturais dos povos indígenas Wapichana no estado de Roraima está recebendo destaque, como as obras literárias de Cristino Wapichana, patrono da Cadeira 146 da Academia de Letras dos Professores (APL) da Cidade de São Paulo e premiado com a medalha da Paz – Mahatma Gandhi 2014 e com livros selecionados para o clube de leitura da ONU 2021 (CÂMARA DOS DEPUTADOS, s.p.). Somando as estes reconhecimentos, constamos a divulgação da prática do artesanato por indígenas desta etnia, como os Denise Wapichana (RAPOSO; LIMA, 2022) e  Valdélia Wapichana, da comunidade do Araçá, em Amajari, que possui nesta arte uma forma de unir tradição, economia e sustentabilidade (RODRIGUES, 2023), como cita:"Essa é a luta que eu carrego no meu sangue enquanto mulher, mãe e indígena e eu busco levar isso para a minha arte. Essa resistência que me fortalece. Eu coloco tudo isso no meu artesanato, mas não só para mim, para as futuras gerações de indígenas. Minha ideia é passar isso adiante e manter a arte da folha de bananeira para as futuras gerações (RODRIGUES, 2023, s.p.)".Entre os exemplos em que a prática do artesanato é incentivada, constamos a Comunidade Indígena Serra da Moça, localizada no estado de Roraima, que possui estudantes indígenas matriculados no Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima que vivenciam a confecção de artesanatos pelos moradores da comunidade  de sua comunidade.Como forma de propagar o incentivo a atividades de pesquisa e extensão, a Constituição Federal de 1988, em artigos, como o 213 e 215, destaca diversas políticas de fomento e preservações culturais, incluindo o uso de recursos públicos para serem executados ações de extensão e pesquisa, por exemplo.  Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que (...) § 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por instituições de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público (BRASIL, 1988, grifos nossos). Agregando os princípios constitucionais do país, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica (BRASIL, 1996), ampara as atividades de valorização da educação nos campos das artes e das culturas e diversidade étnico-racial, como será o caso do nosso projeto de extensão.  Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios (...) II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; (...) XII - consideração com a diversidade étnico-racial (BRASIL, 1996, s.p.). Por este motivo, visando compreender o conhecimento aplicado pelos artesãos da comunidade Serra da Moça e a busca em promover a integração e parceria junto aos alunos da Comunidade que estão no Instituto Federal de Roraima – Campus Amajari. a exemplo dos estudos que são realizados por estudantes do Instituto Federal de Roraima – Campus Amajari oriundos desta comunidade, é possível estabelecer a construção de redes de saberes e aprendizados, identificando neste processo a valorização das culturas 
Codornas CAM: um ambiente didático de aprendizado prático para criadores e futuros profissionais da agropecuária A criação de codornas está em franca expansão na região Norte do Brasil, apresentando crescimento bastante acentuado a cada ano. A criação desses animais demanda pouco investimento inicial e manutenção de baixo custo, podendo ser uma alternativa viável para criação dentro das comunidades indígenas da região de Amajari. Dado o exposto e visando proporcionar conhecimento técnico a comunidade externa acerca dos principais manejos utilizados na criação de codornas, objetiva-se com esse projeto de extensão criar   um ambiente didático no Instituto Federal de Roraima (IFRR), Campus Amajari, de aprendizado prático para criadores de codornas e futuros profissionais da agropecuária. Este projeto de extensão será desenvolvido no Setor de Criações Alternativas do IFRR, Campus Amajari. A metodologia para execução desse projeto será dividida em três fases, sendo elas: Fase Inicial (FI), Fase de Desenvolvimento (FD) e Fase Final (FF). Na FI serão realizadas pesquisas acerca dos principais manejos adotados na criação de codornas. Na FD será realizado um treinamento prático dos estudantes quanto a esses manejos e a realização de oficinas para criadores e futuros profissionais da agropecuária. Na FF será redigido o relatório final do projeto. Espera-se que os resultados desse projeto de extensão contribuam com o fortalecimento da criação de codornas na região de Amajari, haja vista que o manejo correto possibilitará melhorias nos índices produtivos da criação. Além disso, espera-se também que as experiências vivenciadas nesse projeto venham a contribuir para a formação interdisciplinar dos estudantes envolvidos.  Palavras-Chave: assistência técnica, cotornicultura, produção animal, produtor rural. Laylson da Silva Borges CAM Não selecionado 2024-10-07T00:00:00 2025-01-16T00:00:00 A cotornicultura, ramo da avicultura destinado à criação de codornas, é uma atividade de grande importância para o agronegócio da região Norte do Brasil. Na região de Amajari, Roraima, a criação desses animais apresenta grande potencial, haja vista que é uma atividade que demanda investimento e manutenção de baixo custo em relação às outras criações, além de demandar pequena área para instalação e rápido retorno financeiro.O sucesso da criação de codornas demanda conhecimento técnico acerca dos principais manejos adotados na criação, a saber: controle zootécnico, manejo alimentar, reprodutivo, sanitário e bem-estar dos animais. Nesse sentindo, surge a necessidade da região de Amajari por um ambiente didático de aprendizado prático para criadores de codornas e futuros profissionais da agropecuária. Ressaltar-se que a criação desse ambiente didático no Instituto Federal de Roraima, Campus Amajari, possibilitará o estabelecimento de vínculo com a comunidade externa a partir da oferta de oficinas com temas voltados a cotornicultura.As ações extensionistas a serem desenvolvidas por meio deste projeto podem contribuir sobremaneira na formação dos estudantes envolvidos, uma vez que as atividades propostas visam à formação interdisciplinar do estudante, haja vista que envolve a integração de conteúdos de diferentes componentes curriculares, como: Avicultura de corte e postura (controle zootécnico, melhoramento genético e manejos gerais na cotornicultura); Criações Alternativas (manejo alimentar, reprodutivo e sanitário de codornas); Biologia (fisiologia das aves); e Nutrição Animal (formulação de dietas para codornas). Essa formação interdisciplinar contribuirá para a formação de um profissional melhor qualificado para o mundo do trabalho. É importante salientar que os criadores de codornas da região de Amajari não são beneficiados por uma assistência técnica especializada. Esse fato tem ocasionado redução na eficiência produtiva e desestimulado a produção de alimentos para a subsistência ou comercialização, resultando muitas vezes no abandono da atividade. Dentro desse contexto, a criação de um ambiente didático de aprendizado prático para criadores da região de Amajari e futuros profissionais da agropecuária será o ponto de partida para a melhoria dos índices produtivos da cotornicultura. Ademais, a criação desse ambiente didático, impulsionada pela incorporação e difusão de novas tecnologias contribuirá para a segurança alimentar e a consolidação dos arranjos produtivos locais, impactando dessa forma na transformação social dos moradores da região.